quinta-feira, 31 de março de 2016

Os segmentos não-realizados de Fantasia

Fantasia (1940) foi o clássico que a Disney sem dúvidas queria que ele fosse um grande sucesso do estúdio, porém infelizmente ele não foi isso que Walt esperava.
Este sentimento de Walt Disney levou a cancelar todos os segmentos que ele planejou, que seriam lançados a cada relançamento de Fantasia nos anos seguintes.
Mas vocês irão se perguntar, que segmentos são esses?
Este post ele vai mostrar os segmentos não-produzidos de Fantasia, quando originalmente ele seria.

História e produção dos segmentos não-produzidos

Esta história todos já devem saber, pois já a viram nos posts de Musicana e de Fantasia 2000.
Em 1940, antes do lançamento original de Fantasia, Walt Disney estava planejando que o longa quando fosse relançado nos cinemas, e que teria segmentos novos em cada relançamento anual.
Contando com os animadores e produtores do estúdio, eles produziram alguns dos segmentos.
A maioria está registrado no livro Future Fantasias, que conta todos os segmentos planejados.
O cancelamento, como já sabemos, é que por causa do fracasso crítico no lançamento inicial de Fantasia, a Segunda Guerra Mundial ter fechado o mercado europeu, Walt ficou com receio de que os novos segmentos seriam maçantes para o público leigo.
Com isso todos os segmentos planejados para os relançamentos de Fantasia, foram todos engavetados.

Este projeto (que aqui vou chamar de Future Fantasias) deixou um grande legado no estúdio, levando Roy E. Disney (sobrinho de Walt Disney) a criar uma nova sequência de Fantasia em 1974, mas deixou de lado por final dos anos 70, possivelmente após o lançamento de Bernardo e Bianca (1977) nos cinemas, Mel Shaw, com a ajuda de Wolfgang Reitherman idealizaria uma continuação chamada Musicana, que ao contrário de Future Fantasias, ele teria músicas referentes a países, eruditas ou não, cujos segmentos já foram roteirizados em storyboards.
Musicana porém foi cancelado, assim como Future Fantasias, por três seguintes motivos: Falta de recursos financeiros do estúdio na década de 1980, os executivos estavam temerosos com o resultado que ele apresentaria (pois Fantasia não foi bem-recebido na bilheteria) e por restrições orçamentárias em favor de O Conto de Natal do Mickey (1983) e O Caldeirão Mágico (1985).

No início da década de 1990, Roy E. Disney produziu Fantasia 2000 (inicialmente o chamava de Fantasia Continued a Fantasia 1999), que é a única continuação de Fantasia que foi realizada até os dias de hoje.
Fantasia 2000 foi lançado oficialmente em 2000.

Alguns anos lançamento de Fantasia 2000, a Disney começou a produzir uma terceira continuação conhecida como Fantasia 2006.
Ele seria como Musicana nos anos 80, mas com músicas menos eruditas e possui um lado mais artístico do que os outros Fantasias.
Porém ao contrário de Fantasia 2000, Fantasia 2006 nunca foi realizado e quatro dos segmentos originais do longa foram lançados separadamente no decorrer da década de 2000.

Isto tudo foi o que Future Fantasias deixou como legado.

Os segmentos 

Voltando para o Future Fantasias, apesar dele ter nunca ter sido realizado e produzido, ele chegou a ter seus segmentos pré-produzidos.
Estes são os seguintes segmentos que foram planejados entre o final dos anos 30 e o início dos anos 40:

A Cavalgada das Valquírias
Este segmento musicada pela composição de mesmo nome de Richard Wagner se passa na Escandinávia, e conta a história das valquírias (deidades femininas que escolhem os mortos, na mitologia germânica) que descem dos céus e ajudam dois heróis em uma batalha.
 Walt Disney sentia que esse segmento não deveria ser usado, pois iria promover o nacionalismo dos alemães (lembrando que era época de Segunda Guerra) e que Hitler gostava muito das composições de Richard Wagner.


Imagens do segmento







O Cisne de Tuonela
Este segmento cuja música usada seria a composição de mesmo nome do compositor finlandês Jean Sibelius, seria baseado no conto finlandês de um cisne que guia os espíritos para o céu.
Apesar de Walt ter optado não ter o cisne visto, ele queria manter a essência do conto. Com isso, o cisne seria substituído por um barco que carregava um cadáver através dos canais que passava até chegar a uma caverna que leva ao céu. 


Imagens do segmento




O Balé dos Bebês
Este segmento ao som da canção de ninar de Frédéric Chopin seria uma paródia de balés famosos estrelados por bebês em uma creche, onde são cuidados por cegonhas. 
A arte deste segmento foi feita por Mary Blair.

Imagens do segmento








Aventuras em um carrinho de Bebê
Ao som da peça de balé de 1914 de John Alden Carpenter, este segmento conta a história de um passeio em um parque do ponto de vista de um bebê dentro de um carrinho.
A arte preliminar do segmento foi feita por Sylvia Holland. 

Trecho da composição

Imagens do segmento






Um Convite para a Valsa
Este segmento desta vez gira em torno dos pégasos do segmento original Sinfonia Pastoral, tendo em foco o filhote de pégaso preto que se mete em desventuras ao sair do ninho de pégasos, encontrando-se com uma família de patos e uma abelha.
A composição usada para o segmento seria a música de mesmo nome do título de Carl Maria von Weber. 


Imagens do segmento




O Voo do Zangão
Este segmento que seria musicado pela famosa composição O Voo do Besouro, de Rimsky-Korsakov, teria como trama as aventuras de um zangão curioso.
Sam Armstrong (um dos diretores de Fantasia) havia sugerido a Walt Disney que quando fosse utilizar a composição, projetasse a imagem do zangão nas paredes dos cinemas, para dar impressão de que ele está voando sobre o público.
Uma versão alternativa do segmento foi usada mais tarde como um segmento de Tempo de Melodia (1948), porém num estilo de jazz, ao invés da versão clássica.

Imagens do segmento



Segmento Bumble-Boogie, de Tempo de Melodia.

Outros segmentos

No livro Future Fantasias foi registrado uma porção de composições planejadas para estarem em futuros relançamentos.
Dentre eles estaria Carmen, que seria uma paródia da ópera de Georges Bizet (cuja ária Habanera foi utilizada em Aristogatas (1970)), Carnaval Romano de Berlioz Benvenutto Cellini, O Mar de Claude Debussy e As Bodas de Fígaro de Mozart.
Estes segmentos nunca saíram do papel.
Outros segmentos também citados no livro foram os segmentos Os Pinheiros de Roma, Rapsódia em Azul e A Suíte do Pássaro de Fogo, que só foram realizados como segmentos de Fantasia 2000.

  Conclusão

Fantasia é infinito.
Esta frase dita por Walt Disney mostra que Fantasia é um clássico que jamais será terminado.
Fantasia é o único clássico da Disney que demonstra todo o trabalho e o melhor de todos os animadores do estúdio.
É um clássico que nunca tem fim, pois possui muitas músicas eruditas ou não que têm chances de serem animados.
A única coisa que nós podemos ter é esperança de que os produtores deem uma chance as continuações de Fantasia, pois é como próprio Walt Disney nos diz: Bons projetos nunca morrem.

quarta-feira, 9 de março de 2016

Cinderela (Disney, 1950)

Pôster de Cinderela em seu lançamento em 1950
O post de hoje é sobre o clássico Cinderela, um dos maiores clássicos da Disney.
Concluído originalmente em 1949, Cinderela (A Gata Borralheira durante o lançamento original do Brasil) foi lançado oficialmente em março de 1950, sendo o duodécimo filme do catálogo da Walt Disney Animation Studios, sendo então um clássico do estúdio da Disney.
O longa foi baseado no conto de mesmo nome, o qual é imortalizado pela versão do advogado e escritor francês Charles Perrault (o conto de Cinderela teve várias versões tanto italiana, alemã e até chinesa), um dos famosos Contos da Mamãe Gansa.
Cinderela foi o longa que salvou o estúdio da falência, uma vez que os longas da casa do Mickey durante a década de 1940 estavam lucrando muito pouco, apesar de Dumbo (1941) ter sido o único da década a ter lucrado bastante durante o seu lançamento original. Os filmes começaram a dar lucros baixíssimos desde o lançamento de Alô, Amigos (1942) e que nenhum desses longas estavam dando recursos maiores. Isso porque foi devido a Segunda Guerra Mundial (1939–45), que trouxe dificuldades ao estúdio em produzir longa-metragens de história única como Pinóquio (1940) e Bambi (1942), por causa do fechamento do mercado europeu, e que a casa do Mickey, a partir de dezembro de 1941, havia cedido ao governo americano e passou a fazer filmes relativos a Segunda Grande Guerra, iniciando efetivamente no final de 1942 e encerrando em 1944.
   Cinderela também foi o longa que deu um fim aos filmes segmentados da Disney dos anos 40, desde Alô, Amigos (1942) e que havia terminado em As Aventuras de Ichabod e Sr. Sapo (1949) e que seria seguido por Alice no País das Maravilhas (1951), Peter Pan (1952), A Dama e o Vagabundo (1955) e A Bela Adormecida (1958).
Cinderela também foi o segundo filme na década de 1940 a ter lucrado bastante e que foi bem recebido na crítica, pois os longas posteriores dessa década não foram bem recebidos na crítica, e esse período de críticas negativas dos anos 50 acabou quando foi lançado 101 Dálmatas (1961).
Fato curioso é que este longa não é a primeira adaptação do conto feita por Walt Disney. Em 1922, época em que Walt trabalhava na Laugh-o-Grams e muito bem antes de ter criado o coelho Oswaldo e Mickey Mouse (que estreariam em 1927 e em 1928, respectivamente) e a própria Alice Comedies (que é de 1924), havia dirigido um curta-metragem baseado no conto de Cinderela, porém a diferença é que nesta adaptação, ele é como se fosse uma versão moderna do conto.

História e produção de Cinderela

Cinderela começou originalmente como uma Sinfonia Ingênua em 1933, que havia sido produzido provavelmente após o sucesso de Os Três Porquinhos e O Flautista de Hamelin.
O curta nunca foi realizado, apesar do próprio Walt ter feito ideias para a Sinfonia.
Modelo da carruagem para a Sinfonia Ingênua de Cinderela em 1933
Cinderela em uma cena elaborada para o curta
Então a partir de 1942, após o lançamento de Bambi, o estúdio decidiu produzir um longa-metragem baseado no conto de Perrault, mas isso só começou a vingar no decorrer da década de 1940, provavelmente em torno de 1946 ou 1947. As canções do longa foram gravadas em 1948, e as animações haviam sido concluídas em 1949. Walt Disney estava cético em relação ao lançamento adiantado de Cinderela, pois ele estava preocupado com a produção de Alice no País das Maravilhas (ainda com o conceito de ser um filme live-action com cenas animadas), que queria lançá-lo como uma forma de voltar aos longa-metragens, mas a ideia de lançar Cinderela primeiro foi ideia de Ub Iwerks, que sugeriu lançar o longa antes de Alice, e que o longa tinha mais condições de estar pronto do que o longa da menina inglesa no País das Maravilhas.
Walt relutantemente aceitou a proposta, julgando que o filme poderia ser mal-recebido na bilheteria, dizendo que se o longa falhar, o estúdio irá falhar.
Após estar decidido isso, Cinderela foi lançado nos cinemas em fevereiro de 1950, só que o lançamento de fevereiro era limitado, o que fez terminar depressa o lançamento.
Então foi em março daquele ano é que Cinderela foi lançado oficialmente nos cinemas, causando um grande sucesso de bilheteria sendo bem recebido tanto no público quanto na crítica.
O sucesso foi tão grande que surpreendeu o próprio Walt Disney, e que durante uma entrevista, ele confessou ter gostado do filme a ponto de falar que é o seu orgulho.
 Esta boa recepção deu um sinal verde a Walt Disney continuar com as produções de Alice no País das Maravilhas e Peter Pan, e também levou o estúdio a iniciar a produção do mais ambicioso longa-metragem criado por Walt Disney, A Bela Adormecida.
Este sucesso do longa levou a ter continuações na década de 2000, Cinderela 2 – Os Sonhos se Realizam (2002) e Cinderela 3 – Uma Volta ao Tempo (2007), que o último é um dos últimos longas-metragens a ser produzido por meio da DisneyToons em animação tradicional, sendo o último A Pequena Sereia – A História de Ariel (2008), e atualmente recebeu um remake live-action em 2015, assim como A Bela Adormecida recebeu em Malévola, que foi lançado em 2014.

Sinopse
Havia um pequeno reino dentro em um lugar indeterminado na França no século XIX, e que nele vivia um fidalgo que tinha uma filha única chamada Cinderela.
Um dia, o nobre se casou com uma outra mulher, que também era viúva e também filhas, porém duas filhas de mesma idade de Cinderela chamadas Anastásia e Drizella.
Quando o pai de Cinderela faleceu, a madrasta se revelou que era muito má e tinha inveja de sua enteada e vivia mimando suas filhas.
O recurso todo do pai de Cinderela havia acabado por causa do mimo da madrasta dada as suas filhas.
Cinderela, que passou a trabalhar como uma criada da madrasta e suas meias-irmãs, ainda continuava linda e bondosa e ainda tinha seus sonhos e esperanças.
Um dia, o Rei daquele vilarejo convidou todas as garotas solteiras para um baile do palácio.
Cinderela queria muito ir ao baile, que isso foi realizado com a ajuda de sua Fada Madrinha e realizou seu sonho encontrando-se com o Príncipe Encantado e dançando com ele. 

Diferenças entre o conto e o filme
Ilustração de Arthur Rackham para Cinderela de 1933
O longa da Disney como mencionado na introdução, foi baseado na versão de Charles Perrault, que é Cinderela mais conhecida, apesar do conto ter diversas versões como Zezolla (versão italiana onde a protagonista mata a madrasta para que seu pai se case com a criada), dos Irmãos Grimm (onde não há presença da Fada Madrinha e ela recebe os desejos por meio de uma árvore próximo ao túmulo de sua mãe) e por fim Yeh-Hsien* (versão chinesa onde a jovem recebe desejo por meio de um esqueleto dum peixe mágico que foi morto pela madrasta, a qual foi morta a apedrejadas com sua filha no final).
Aqui neste post terá somente as diferenças entre a versão escrita por Perrault e a adaptação da Disney tida em 1950. 
São elas: 

- O nome verdadeiro da protagonista é desconhecido no conto original. Cinderela era o nome dado pela meia irmã caçula, que significa "menina das cinzas". Isso porque é pelo fato da personagem-título estar sempre sentada nas cinzas da lareira da casa.
Como essa característica foi removida do filme, o nome Cinderela foi dado como um nome de fato da protagonista.

- Cinderela não gostava de sua madrasta, mas ela era paciente, por isso nunca revelou a seu pai, que a teria repreendido por isso, caso ela se queixasse a ele.

- Cinderela ajudou as meias-irmãs em pentear os cabelos delas. Isso não acontece no filme.

- A protagonista não tinha vestido nenhum de sua mãe rasgado pelas meias-irmãs. A jovem estava triste por não ter mesmo vestido adequado para o baile.

- A Fada Madrinha era de fato uma madrinha que apadrinhava Cinderela. Já no longa, não entra em detalhe se ela apadrinhava a protagonista, apenas a ajuda ir ao baile.

- Segundo o conto, a carruagem foi feita com a casca de uma abóbora traga por Cinderela e que a fada a despolpou e por meio do toque de sua varinha se transformou no transporte. Na película, a carruagem foi feita com a abóbora inteira (com poupa e tudo) e a fada não ordenou Cinderela a pegar as coisas necessitadas para fazer carruagem, lacaios e cocheiros.

- Uma ratazana foi transformada em cocheiro no conto, diferente do longa que foi o cavalo Major que foi transformado em cocheiro.
Outra diferença era que no conto haviam seis lagartos que foram transformados em seis lacaios. Como no longa não teve lagarto nenhum, quem foi transformado em lacaio foi o cão Bruno.
Somente os camundongos que foram preservados no longa foram transformados em cavalos, sendo a única semelhança tida no filme.

- No conto original, houve dois bailes. Foi no segundo baile é que aconteceu a famosa cena de que ela perde o seu sapatinho de cristal na escadaria do castelo. No longa, o baile só ocorreu uma única vez, para simplificar a história do filme.

- No primeiro baile, Cinderela ofereceu laranjas e limões para as meias-irmãs (que não a reconheceram) e sentou no lado delas.

- As meias-irmãs de Cinderela pedem desculpas para ela e foram perdoadas pela jovem no final do conto, e as instala no palácio e as casam com os senhores da corte real, algo que não ocorre no filme.
 Assim como no conto, não se sabe o que houve com a Madrasta após descobrir que Cinderela era aquela jovem.

* Se pronuncia Yê Xien.

Elenco
Elenco original

Ilene Woods emprestou sua voz a bela Cinderela. Foi o único papel de Ilene na Disney. Ilene faleceu em 2010.

Verna Felton ficou incumbida de dar a voz a bondosa e desastrada Fada Madrinha. É o segundo filme em que Verna participou dublando uma personagem da Disney, sendo Dumbo (1941), o primeiro, que dublou as elefantas Matriarca e Sra. Jumbo.
Mais tarde, seria seguido por Alice no País das Maravilhas, que dublou a feroz Rainha de Copas, A Dama e o Vagabundo ficando na voz da injusta Tia Sarah, A Bela Adormecida emprestando sua voz a fada Flora, uma das elefantas em Goliath II (1960) e Mogli, o Menino Lobo (1967), sendo o último papel de Verna em sua carreira, que faleceu horas antes de Walt Disney em dezembro de 1966, antes do longa do menino lobo ser lançado em 1967. 

Eleanor Audley, conhecida pela sua voz nos rádios e estar presentes em séries de TV, foi chamada para emprestá-la a fria Lady Tremaine. É o primeiro trabalho de Eleanor na Disney, sendo seguido por Malévola em A Bela Adormecida. O último trabalho de Eleanor na Disney foi na atração da Mansão Mal-Assombrada, de 1969, emprestando a sua voz a Madame Leota, antes de se aposentar em 1970.
Eleanor faleceu em 1991.

Jimmy MacDonald providenciou as vozes dos ratinhos Zezé (ou Jaq, nas dublagens) e Tatá e de Bruno.
Jimmy começou a dublar Mickey Mouse após Walt Disney durante os anos 50, 60 e 70, até Wayne Allwine assumir.

William Phipps trabalhou na voz de diálogos do Príncipe Encantado, enquanto Mike Douglas fica incumbido de fazer a voz nas canções do protagonista.

Lucille Bliss foi a responsável pela voz da meia-irmã de Cinderela, Anastásia. Depois de Cinderela, Lucile (embora que não fosse creditado) dublou algumas das flores vivas (especificamente os Girassóis e as Violetas) em Alice no País das Maravilhas.
Lucile retornou na Disney, cantando a canção do comercial Caninosso em 101 Dálmatas.
Lucille faleceu em 2012.

Rhoda Williams na voz da meia-irmã Drizella. 

Luis Van Rooten trabalhou na tanto na voz do Rei quanto a do Grão Duque. Luis faleceu em 1973.

June Foray ficou incumbida de fazer os sons de Lúcifer. June mais tarde faria os ronronos de Cordeiro e sua mãe em Cordeiro, o Leão Covarde (1952), da bruxa Wandinha em Doce ou Truque (1952), das sereias e uma índia que manda Wendy a pegar lenha em Peter Pan, Lena Hyena e uma das doninhas da Patrulha Desenho em Uma Cilada para Roger Rabbit (1988) e a avó de Mulan em Mulan (1998).

O longa foi narrado por Betty Lou Gerson. Betty retornaria mais tarde fazendo o seu famoso papel na Disney, emprestando sua voz a terrível Cruella Cruel em 101 Dálmatas.

Dublagem Brasileira

Cinderela - Simone de Morais
Fada Madrinha - Olga Nobre
Lady Tremaine - Tina Vita
Zezé e Tatá - José Vasconcellos
Príncipe Encantado - Jorge Goulart
Anastásia e Drizella - Suzy Kirbi e Ema D'Ávila
Rei - Luiz Motta
Grão Duque - Aloysio de Oliveira 
Narradora - Sônia Barreto

Continuações

Cinderela 2 – Os Sonhos se Realizam foi lançado somente em vídeo em 2002, mas antes desse longa ser feito, a Disney estava planejando uma série animada chamada Cinderella Stories que foi traçado no final da década de 1990.
Cena planejada em storyboard para um episódio para a série.
Note que a cena possui uma vasta semelhança com o segmento de Cinderela 2.
O projeto foi cancelado em 2001, apesar de ter episódios feitos em storyboards, que mais tarde seriam reciclados para Cinderela 2 (explicando o fato dele ter segmentos), quando foi decidido criar um longa-metragem.
Alguns anos após o lançamento, em 2007 foi lançado Cinderela 3 – Uma Volta ao Tempo, que é a penúltima sequela de longa-metragens do estúdio produzido pela DisneyToons, devido a vinda de John Lasseter e a compra da Pixar pela casa do Mickey no ano de 2006, que dificultou muito este estúdio de animação da Disney, pois havia-se exigido o cancelamento de todas as continuações e projetos não relacionados a linha comercial do estúdio, sendo o terceiro filme da franquia de Cinderela um dos poucos a ter sido lançado, juntamente de A Pequena Sereia – A História de Ariel que foi lançado em 2008, sendo o último animado tradicionalmente, pois a partir de Tinkerbell (2008) (que é uma prequela para o longa Peter Pan, mas foi criado na intenção de promover a franquia Disney Fadas), os longas passaram a serem produzidos em animação digital.


Curiosidades
- Quando foi lançado no cinema brasileiro, o título original do longa era A Gata Borralheira. Até então, o título do longa era esse até o lançamento em vídeo no ano de 1992, que foi alterado para Cinderela – A Gata Borralheira, mas foi a partir do lançamento em 1999, que o longa passou a se chamar somente Cinderela.   

- A cor do cabelo de Cinderela no filme original era ruivo. Devido a alguns livros infantis do estúdio (como o Little Golden Books) que retratavam a personagem-título do longa com cabelos loiros, a protagonista acabou virando loira.
Atualmente, a cor oficial do cabelo de Cinderela é loiro do tipo strawberry (um cabelo loiro com tendência ao ruivo, conhecido pela tradução ao pé da letra, loiro-morango), depois das discussões sobre cor do cabelo da protagonista.
Mas nos conceitos de arte feitos por Mary Blair e nas animações em célula do filme, era mostrado que o cabelo da personagem-título originalmente seria loiro escuro, mas foi mudado para ruivo nas animações por provavelmente esta última cor estar muito associada com a personagem do conto de fadas.
Cena original mostrando Cinderela.
Note que o cabelo está alaranjado e não loiro, como nos relançamentos posteriores em Blu-Ray.
Imagem extraída de um vídeo de relançamento em 1987 no You Tube. 
- Assim como a cor do cabelo, a cor do vestido também foi alterado. O vestido originalmente era branco e em diversas tonalidades dessa cor como prateado. E assim, como mencionado, está azul devido as ilustrações de livros infantis do estúdio.
Mas nos jogos de Kingdom Hearts, o vestido foi mostrado na cor conforme apresentado no filme original.

- O nome do Príncipe Encantado nunca foi revelado e até então é o único dos príncipes da Disney que possui um nome controverso.
Segundo um especial de TV de uma parada da Disney em 1971, foi dito que ele se chama Alto August Ferdinand.
Já em um anúncio oficial francês da Disney, revelou que o príncipe se chama Henry (ou Henri, como foi dito em francês).
Fato curioso é que apesar de ser conhecido pela alcunha de "príncipe encantado", ele nunca foi referido assim no longa.

- Assim como Cinderela, no longa original, seu cabelo era preto, mas nos comerciais, o cabelo foi apresentado castanho.

- Ainda sobre o príncipe, ele teria um papel maior no longa original. Em uma abertura alternativa do longa mostrava o príncipe perseguindo um veado pela floresta, porém no final da abertura, era revelado que o animal e o jovem eram amigos.
Em um outro conceito abandonado, mostrava o final alternativo, em que o rapaz ao ver Cinderela, após o Grão-Duque descobrir a verdadeira identidade da jovem e ter trago ao castelo, ele fica surpreso em descobrir que ela era uma criada e não uma princesa como ele pensou, mas seus sentimentos estavam tão fortes que o deixou sem palavras e abraçou a futura princesa.
O conceito de maior papel ao Príncipe não foi usado no longa original, mas só foi usado em Cinderela 3 – Uma Volta ao Tempo e o final alternativo foi reaproveitado em Kingdom Hearts: Birth by Sleep (quando você joga com Aqua).

- Outro conceito abandonado para o longa era uma cena mostrando Cinderela dançando com o Príncipe nas nuvens, conceito utilizado uma vez inicial e originalmente em Branca de Neve e os Sete Anões, mas foi descartado em ambos os dois longas.
A cena só foi realizada, quando a reciclaram para A Bela Adormecida.

- Um personagem deletado do filme era uma tartaruga-fêmea chama Clarissa. Ela seria transformada em uma dama-de-companhia de Cinderela e se apaixonaria por um valete do príncipe chamado Spink.
Foi deletada provavelmente para tornar mais simples o longa-metragem e para evitar outros romances além de Cinderela e do Príncipe.
A personagem só aparece na versão inicial do filme.

- Cinderela foi o primeiro longa-metragem cujas canções foram lançadas na recém-criada Walt Disney Music Company, além de serem as primeiras a serem lançadas em domínio público.

- A aparência de Cinderela lembra bastante a de Katrina Van Tassel, de Aventuras de Ichabod e Sr. Sapo.

- Assim como em Branca de Neve e os Sete Anões, Ilene Woods não fez referência a animação da personagem que dubla.
A responsável pelos movimentos de Cinderela foi Helene Stanley, que também foi responsável pelos movimentos da princesa Aurora em A Bela Adormecida e de Anita em 101 Dálmatas

- É o quinto filme dirigido por Clyde Geronimi. Os longas que Clyde dirigiu antes de Cinderela foram Você Já Foi à Bahia (1944), Música Maestro (1946), Tempo de Melodia (1948) e As Aventuras de Ichabod e Sr. Sapo. Depois do longa foram Alice no País das Maravilhas, Peter Pan, A Dama e o Vagabundo, A Bela Adormecida e 101 Dálmatas.

- É o nono longa dirigido por Hamilton Luske. Os longas anteriores dirigidos por Luske foram Pinóquio (1940), Fantasia, O Dragão Relutante (1941), Música, Maestro, Como é Bom se Divertir (1947), Tempo de Melodia e Tão Perto do Coração (1948). Posteriores são Alice no País das Maravilhas, Peter Pan, Ben e Eu (1953), A Dama e o Vagabundo, Donald no País da Matemágica (1959), 101 Dálmatas e Mary Poppins (1964).

- É a oitava película dirigida por Wilfred Jackson. Os filmes anteriores foram Branca de Neve e os Sete Anões, Pinóquio, Fantasia, Dumbo (1941), Alô, Amigos (1942), A Canção do Sul (1946) e Tempo de Melodia. Os longas posteriores foram Alice no País das Maravilhas, Peter Pan e A Dama e o Vagabundo

Conclusão
Cinderela é um outro clássico bem popular e um longa que podemos dizer que feito com o "jeitinho Disney".
Ele é uma das histórias que jamais será esquecida e que ela passará por todas as gerações presentes neste mundo e por todas as culturas do mundo.