quinta-feira, 4 de julho de 2019

Um Destino que uniu dois grandes artistas

Galera, eu fiquei um ano sem acessar o blog por conta de problemas pessoais dentre as quais incluem a faculdade que eu estou cursando desde o ano retrasado e que já estou nos últimos períodos de graduação, por isso a minha ausência... Neste período de recesso, tentarei o possível dar retorno aos posts deste blog.

O assunto de hoje é sobre Destino, como diz o título deste post, o curta cujo destino foi unir dois grandes artistas chamados Walt Disney e Salvador Dalí em um só filme!
Concluído em 2002, Destino foi lançado originalmente em junho de 2003 no Festival Internacional de Animação de Annecy na França e oficialmente em dezembro do mesmo ano. 

A película em si foi baseada na canção mexicana de mesmo nome do compositor Armando Dominguez e cantada por Dora Luz.

O curta-metragem é a união da arte de animação de Walt Disney com o surrealismo artístico-poético de Salvador Dalí. 


História e produção de Destino
Embora que seja um pequeno filme, Destino teve uma história muito mais comprida do que a sua duração por si só.
Tudo começou nos anos 40, Walt teria se encontrado com o artista surrealista catalão Salvador Dalí, que já havia trabalhado no cinema notavelmente no filme hitchcokiano Quando fala o Coração (1945).
Entre o final de 1945 e o início de 1946, o artista do estúdio John Hench e Dalí haviam feito o storyboard do planejado filme. Walt então envolveu-se pessoalmente na produção, participando das reuniões de Hench e o pintor catalão que trataram o desenvolvimento do projeto. 
Algumas das ideias planejadas foram incorporadas no storyboard, com pretensões de ser um dos segmentos para o longa Música, Maestro (1946).
 A produção do projeto durou por cerca de oito meses, mas não demorou muito ser cancelado, por problemas financeiros tidos na casa do Mickey provocadas pela Segunda Guerra Mundial (1939–45).
Hench então produziu um teste de animação que durava 17 minutos, na esperança de restaurar o interesse de Walt no projeto, mas o último já estava decidido que a película não é mais financeiramente viável, acabando de vez com o projeto.

 Décadas após o cancelamento de Destino; em 1999, durante a produção final de Fantasia 2000 (1999), o sobrinho de Walt Disney, Roy E. Disney descobriu o projeto e resolveu ressuscitá-lo.
A produção do curta foi levada ao estúdio parisiano da Disney, Walt Disney Studios Paris, onde foi feita por Baker Bloodworth e dirigida por Dominique Monféry, sendo a sua primeira vez na direção de um filme animado.
Com a ajuda de uma equipe de aproximadamente 25 animadores que decifraram os storyboards criptografados por Dalí e Hench com uma pequena ajuda dos diários escritos por Gala Dalí, esposa de Salvador, e a orientação do próprio Hench (que faleceu um ano após o lançamento do filme), a película foi finalmente concluída, sendo animada tradicionalmente (inclusive as cenas originais animadas por Hench) e ocasionalmente uso de animação digital.

Com a conclusão feita em 2002, Destino foi finalmente lançado em junho de 2003 no Festival Internacional de Animação de Annecy, que foi muito bem recebido, levando até uma indicação ao Oscar de melhor curta-metragem, porém perdendo apenas para Harvie Krumpet.


O curta seria também um segmento para o longa Fantasia 2006, que seria uma continuação para Fantasia 2000, mas infelizmente a proposta para um terceiro filme para Fantasia foi cancelado um ano após o lançamento de Destino, e que assim como este curta, alguns dos segmentos que estavam originalmente planejados no longa foram lançados separadamente em DVD's ou em Festivais de Animação.

Sinopse
 A narrativa se trata de uma complicada paixão entre o deus do tempo Cronos e Dahlia, uma jovem mortal. A trama decorre com a moça dançando por cenários surreais inspirados nas pinturas de Dalí. 
O filme não possui diálogos, sendo seguido somente pela canção de Dominguez e pela voz de Dora Luz.

Curiosidade

Dora Luz, a cantora da canção, já participou pessoalmente na Disney no longa Você Já Foi à Bahia (1944) cantando a versão inglesa da canção Solamente Una Vez (You Belong to my Heart, em inglês), personificando a paisagem mexicana.

Conclusão

Destino é um curta-metragem que vale a pena assistir. 
Ele é recomendado principalmente pra quem gosta de arte, pra quem ama e vive de arte.
É um dos mais artísticos filmes já feitos do estúdio da Disney desde Fantasia. 
A história da produção dele mostra que o "Destino" dele não foi abandonado. Muito pelo contrário, ele teve um destino feliz, de ser exibido ao público para que seja apreciado pelos apaixonados e apreciadores da arte moderna. 
 Esta é a conclusão que pode-se ter a respeito desta maravilhosa película! 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

World of Illusion Starring Mickey Mouse and Donald Duck

 Como uma comemoração de aniversário do blog, que faz cinco anos, o post de hoje será sobre World of Illusion, um jogo clássico do Mega Drive e que ele vai explicar porque o meu blog se chama assim (só pra ter uma ideia fiquei exatamente com todos esses anos para concluir este post com sucessivos atrasos). O jogo foi lançado originalmente em 18 de dezembro de 1992. Ele traz um monte de referências e influências de muitos filmes Disney como Branca de Neve e os Sete Anões (1937), Pinóquio (1940), Fantasia (1940), Alice no País das Maravilhas (1951), A Bela Adormecida (1958), A Espada era a Lei (1963) e A Pequena Sereia (1989) tanto na música quanto no artwork, e até mesmo aparições de personagens dos mencionados longas
 O jogo trata-se de que Mickey e Donald que em pleno ensaio para o espetáculo da noite, encontram uma caixa mágica que leva a um mundo paralelo chamado World of Illusion (Mundo da Ilusão).
O que poucos sabem é que este jogo faz parte de uma série de videojogos do Mickey que é intitulada de Illusion, ou seja, é uma espécie de continuação para o jogo Castle of Illusion e para o jogo Land of Illusion, indicando que é o terceiro jogo da franquia. A curiosidade mais notável dentre todos os jogos da série, é o único que é exclusivo para o Mega Drive, já que Castle of Illusion e Land of Illusion são jogos originários da MasterSystem, apesar de o primeiro possuir uma versão para o console, mas o último por sua vez possui uma versão para o GameGear.

Sobre o jogo
Capa japonesa de World of Illusion. É conhecido no Japão como I Love Mickey & Donald: The Mysterious Magic Box (Ai Rabu Mikki ando Donarudo: Fushigi na Majikku Bokkusu, no original).
  World of Illusion é um jogo cooperativo bem simples que você pode jogar opcionalmente sozinho. Para cada personagem que você vai jogar, vai haver uma fase diferente. Mas jogando com os dois personagens, as fases serão as mesmas. A jogabilidade é normal, e ambos têm o mesmo ataque usando uma capa mágica que transforma os inimigos em coisas inofensivas como pombos, borboletas, doces, cartas e até mesmo camarões (este último apenas nas fases aquáticas), dependendo do inimigo que apresentar.    

Sinopse
 A trama começa em que Mickey e Donald estavam fazendo um ensaio, e sem querer encontram uma caixa mágica atrás do cenário em que estavam ensaiando, quando o pato se surpreende com a mágica do camundongo. Donald teve a ideia de usar a caixa para o espetáculo, mas Mickey, desconfiado, tenta alertá-lo de não mexer no objeto misterioso, vendo que dentro dele saía fumaça, mas o marreco nervosinho, não o ouve e entra na arca mágica. 
Mal entrando no objeto, Donald desaparece e Mickey, percebendo isso, também entra na caixa e acontece com ele o mesmo que houve com seu amigo penoso.
A caixa os transportou para o World of Illusion um mundo mágico, e ao chegarem até lá, os dois ouvem a voz de um mago perverso (que na verdade é o Bafo) que é o dono do recipiente e diz para eles que para saírem da terra, precisão aprender novos truques, que isso vai acontecendo no decorrer do jogo.  

Jogabilidade


Simplicidade é a característica principal da jogabilidade. 
Você joga com Mickey ou com Donald, ou com os dois juntos que este último compartilham o mesmo número de vidas que está sob o nome de Tries (tentativas).
Neste jogo você pode correr, embora que possa fazer isso em momentos exatos como cavernas e palácios desmoronando e inundações; e também é um dos primeiros jogos da Disney a usar as vozes dos personagens, embora que soasse rouco
O jogo ao todo possui cinco fases, mas dependendo do personagem com quem está jogando, ela vai mudando de rota. No final de cada chefe que derrota, eles aprendem uma nova mágica que permite que passem a fase dependo do lugar que apresentar (por exemplo, o tapete mágico permite que passe pelo céu ou a bolha permite que respire debaixo d'água).
Mickey pode passar em espaços apertados, mas Donald entala, o que este deve encontrar uma rota alternativa para encerrar a fase.
Quando você joga com dois jogadores, o jogo é mais desafiador e cooperativo, ou seja, você não pode terminar uma área sem o seu parceiro. Há como fazer coisas interativas como ajudar a puxar o seu parceiro de baixo usando uma corda e fazer o Mickey desentalar o Donald, ambos precisam apertar o botão A, o mesmo usado para correr.

Conclusão

World of Illusion é um dos ótimos jogos da Disney no Mega Drive e vale a pena jogá-lo.
É uma das ótimas opções se quiser jogar um jogo da Disney para o console do Mega Drive, além de ser uma ótima experiência e certamente quem passou a infância inteira jogando este jogo, poderá dizer que ele é um ótimo jogo e que tem qualidade e tanto.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

A Gata dos Meus Sonhos

Galera, o post de hoje é sobre A Gata dos Meus Sonhos, uma "relíquia" do mundo da animação.
Lançado originalmente em outubro de 1962, A Gata dos Meus Sonhos (Gay Purr-ee, no original) é um longa-metragem produzido pela United Productions of America (UPA), a qual é conhecida pelo personagem Mr. Magoo e distribuída pela Warner Bros, e que contou com a ajuda de Chuck Jones no script do longa.
A Gata dos Meus Sonhos marcou a demissão de Chuck Jones pelo estúdio da Warner, pois esteve envolvido na produção, detalhado no decorrer deste post.
  A ideia de um longa-metragem romântico sobre gatos na França, aparece coincidentemente mais tarde no filme da Disney Aristogatas (1970), o primeiro longa-metragem realizado após a morte de Walt Disney em 1966, que começou originalmente como uma série live-action de dois episódios na série Walt Disney's Wonderful World of Color, que foi convertido para um filme animado no decorrer dos anos 60 e que só se concretizou no final daquela década.

Produção de A Gata dos Meus Sonhos
Modelo de design de Mewsette, protagonista do filme
A Gata dos Meus Sonhos é o segundo e último longa-metragem produzido pela UPA, depois de Mr. Magoo e as 1001 Noites (1959), e que após o lançamento do longa, o estúdio fecharia.
O roteiro do filme foi feito por Dorothy Webster Jones, esposa do veterano Chuck Jones, que também esteve na produção do longa, e que acabou violando o seu contrato exclusivo com a Warner, que descobriu isso quando foi distribuir o filme, e teve uma longa discussão com ele sobre os detalhes do seu contrato de exclusividade, levando assim a sua demissão em julho de 1962, juntamente com sua equipe, antes da película estar pronta para ser lançada.
A Gata dos Meus Sonhos foi lançado em outubro de 1962, que embora tenha sido bem recebido pela crítica, ele não foi muito prestigiado no seu lançamento original.
Após o lançamento de A Gata dos Meus Sonhos, Jones juntamente com sua antiga equipe, criou seu primeiro estúdio independente na MGM, que lá passou a produzir curtas novos de Tom e Jerry entre 1963 e 1967.

Sinopse
   
A trama se passa na França em 1895, e conta a história de Mewsette, uma bela e delicada gata angorá branca que vivia numa certa fazenda em Provença com o charmoso e tímido gato listrado laranja Jaune Tom, que se apaixonam, mas ela se frustra com as maneiras de Jaube, levando a decidir fugir para Paris, entrando numa mala de uma moça rica que mora na cidade que foi colocado num trem.
Mal chegando em Paris, Mewsette conhece Meowrice, um gato frajola francês, que a leva para casa de sua "irmã" Madame Rubens-Chatte, uma gata persa cor-de-rosa esnobe que diz a ela que promete transformá-la em uma grande artista.
Mas o que Mewsette não sabe é que Meowrice está usando sua ingenuidade e explorando-a para ser vendida para um gato americano rico que mora em Pitsburgo.
O único que pode salvar Mewsette de Meowrice é Jaune Tom, que com a ajuda de seu amigo atrapalhado e baixinho Robespierre, parte para Paris em busca de sua amada. 

Elenco

Elenco original

Judy Garland, a eterna Dorothy do filme O Mágico de Oz (1939), emprestou sua voz a bela Mewsette. É o primeiro e único filme animado em que Judy participou.

Robert Goulet, ator e cantor de origem franco-canadense, deu a voz ao charmoso e cativante Jaube Tom. O longa marcou a primeira vez em que Goulet participou de um filme.

O comediante Red Buttons fez a voz do baixinho gato azul Robespierre.

Paul Frees foi quem providenciou a voz do vilão Meowrice.

Já a excêntrica Hermione Gingold, dublou a Madame Rubens-Chatte.

O longa foi narrado por Morey Amsterdam, que emprestou sua voz também a um marinheiro no navio em que Jaube Tom e Robespierre estiveram.

The Mellomen, que fizeram participações nos longas da Disney como Alice no País das Maravilhas (1951), Peter Pan (1952) e A Dama e o Vagabundo (1955), providenciaram as vozes dos gatos comparsas de Meowrice.

Julie Bennett fez uma participação na voz de uma camponesa.

Joan Gardner na voz de uma dama rica que mora em Paris e que "enfeitiçou" Mewsette em ir para lá.

Mel Blanc foi fazendo as vozes adicionais no filme.

Curiosidade

Segundo os bastidores do DVD do longa, foi mostrado que Judy Garland sugeriu que os compositores do filme do Mágico de Oz, Harold Arlen e E.Y. Harburg para comporem a trilha sonora do longa.

Conclusão

Bom, A Gata dos Meus Sonhos é um longa simples com belos cenários e ótimas canções. Apesar do filme ter defeitos na sinopse (como a forma de Meowrice querer separar Jaube Tom de Mewsette), o longa é bem simpático, divertido e bem colorido, que não pode deixar de ser assistido.
É um filme que vale muito a pena assistir!
Cenas do filme pra quem tem curiosidade em ver o longa:





sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Alô, Amigos (Disney, 1942)

Em homenagem às Olimpíadas do Rio de 2016 (sei que estou bem atrasado) e às Para-Olimpíadas que estão vindo quarta-feira que vem no nosso Dia de Independência, o post de hoje é sobre Alô, Amigos, um longa-metragem da Disney do início da década de 1940.
Lançado originalmente em agosto de 1942 nos cinemas brasileiros (dias após o lançamento original de Bambi), Alô Amigos (Saludos Amigos, no original) é o sexto longa da lista de filmes animados da Walt Disney Animation Studios, sendo assim um clássico Disney.
É o mais curto dos filmes da Disney, tendo apenas 42 minutos de duração, muito menor do que Dumbo (1941), lançado um ano antes que possui 64 minutos.
É o segundo filme que foi lançado originalmente fora dos Estados Unidos, sendo o primeiro Bambi que foi lançado em Londres alguns dias antes. E também é o primeiro filme da Disney a ter lançamento em um país da América do Sul antes do lançamento original nos Estados Unidos.
Assim como Fantasia (1940), Alô Amigos é um longa que possui cenas em live-action e é segmentado, além de possuir intervalos.
O longa foi lançado no ano em que o Brasil já havia entrado na Segunda Guerra, em plena época em que o nosso país se viu estar no segundo maior conflito militar global.
    A partir de seu lançamento, os longas-metragens da Disney foram sendo segmentados ao longo da década de 1940, devido a Segunda Guerra Mundial (1939–45) que fez o estúdio ter poucos recursos de produzir longa-metragens em histórias únicas como Pinóquio (1940) e Bambi. E além disso, nessa mesma década também, os longas segmentados foram dando lucros baixíssimos e que só acabou de vez com o lançamento de Cinderela em 1950.
É o primeiro longa cuja continuação também faz parte do catálogo de filmes animados da Disney Studios. Você Já Foi à Bahia (The Three Caballeros, no original) foi lançado originalmente em 1944 nos cinemas mexicanos e em 1945 nos Estados Unidos e no Brasil.
O longa não é tão popular quanto a sua continuação, apesar de ser exibido comumente na TV aberta como SBT, que era exibido principalmente no Sábado Animado.
   No Brasil, o longa é muito conhecido pelo último segmento Aquarela do Brasil que marca a primeira aparição de Zé Carioca, e como conhecemos muito bem a canção de Ary Barroso e o Tico-Tico no Fubá, que foi imortalizado por Carmen Miranda.
O longa foi criado originalmente para promover a Política de Boa Vizinhança (1933–45), para melhorar as relações entre os Estados Unidos e os países da América Latina (que no caso do filme, a América do Sul) para aliarem-se para a Segunda Grande Guerra.
É o primeiro longa-metragem cuja ambientação é na América do Sul.
 Até então, era o único longa-metragem a ser voltado no nosso continente até o lançamento de A Nova Onda do Imperador (2000), que foi lançado seis décadas depois, e Lorenzo que foi lançado quatro anos depois do lançamento do filme do imperador megalomaníaco. 


Produção de Alô, Amigos

Walt Disney no Rio de Janeiro com uma câmera fotográfica. Ele estava batendo uma foto.
A produção de Alô, Amigos começou em 1941, quando Walt Disney e alguns animadores do estúdio viajaram para a América Latina para promover a Política de Boa Vizinhança. E então foi decidido que o estúdio poderia produzir uma antologia de curtas-metragens que fossem ambientados no continente sulista da América.
Dentre os segmentos que estavam na lista de que estariam no filme eram Caxangá, The Blue Orchid, The Lady with the Red Pompom (que marcaria a primeira aparição do Aracuã), Chichicastenango e Lima Story. No decorrer da produção esses segmentos, muitos deles foram deletados como The Lady with the Red Pompom e The Blue Orchid, e outros substituídos por novos segmentos como Lima Story foi substituído pelo Lago Titicaca (apesar de ter elementos dele).
Arte para o longa.
Fonte: South of the Border with Walt Disney and the Good Neighbor Program 1941–48, 2009

Conceito de arte para Pedro, o Avião.
Fonte: 
South of the Border with Walt Disney and the Good Neighbor Program 1941–48, 2009

Após isso, o longa foi lançado em agosto de 1942 nos cinemas cariocas, e lançado oficialmente em 1943 nos Estados Unidos. Antes do lançamento em 1943 nos Estados Unidos, a Disney havia lançado um documentário chamado South of the Border with Walt Disney, onde mostrou todas as viagens de Walt e sua equipe de produção nos países da América Latina.
Alô, Amigos não seria lançado como um longa-metragem como finalmente lançado. Os segmentos do longa seriam lançados separadamente, o que só conseguiram fazer isso nos relançamentos separados em 1955.

Sinopse

No começo do filme, é introduzido o longa e a partir da introdução que são cenas em live-action mostrando uma espécie de bastidores com Walt Disney e alguns animadores e ilustradores, começa a rolar o filme que consiste em quatro segmentos que se passam em quatro países diferentes da América do Sul.


Lago Titicaca


O primeiro segmento se passa no Peru e conta a visita de Donald no país pelo famoso grande lago Titicaca. No decorrer do segmento, Donald conhece um menino quíchua que empresta sua flauta e seu lhama (bastante teimoso) e que o pato vai passando por uma ponte nas Cordilheiras dos Andes. 

Pedro, o Avião


O segundo segmento que ocorre no Chile, que conta a história de Pedro, um aviãozinho que tem a missão de entregar uma correspondência a um outro aeroporto. Durante isso, ele passa por uma grande e perigosa aventura.


Pateta, o Gaúcho


Este segmento se passa desta vez na Argentina e é estrelado por Pateta, que era um caubói e através de um desenhista, ele é levado para o país dos hermanos e se torna um gaúcho*. Lá conhece a cultura argentina e principalmente gaúcha. 



Aquarela do Brasil 


Para fechar o longa, o último e mais conhecido segmento toma lugar no nosso Brasil. Estrelado mais uma vez por Donald, fazendo uma viagem desta vez ao Rio de Janeiro.
No começo do segmento, vão mostrando pinturas de aquarela mostrando as paisagens brasileiras ao som da canção Aquarela do Brasil, de Ary Barroso; quando termina a canção e as cenas de aquarela é que é introduzido o pato nervosinho, que conhece um papagaio carioca chamado José Carioca que se apresenta ao marreco e ao perceber que está falando com o protagonista, se empolga e resolve levá-lo para conhecer todas os lugares cariocas como Tijuca, Pão de Açúcar, Corcovado, Cinelândia, Leblon e Avenida Atlântica.
No decorrer do segmento, ele é agora musicado pelo Tico-Tico no Fubá (instrumentalmente) e Donald bebe cachaça com Zé Carioca.

 *O segmento compara que os pampas argentinos e os gaúchos lembram o faroeste e os caubóis dos Estados Unidos, por isso o fato do Pateta ser caubói e se mudar para a Argentina.
Como mencionado no post de Você Já Foi à Bahia, o termo "gaúcho" referido aqui, é o grupo étnico de origem argentina, que pode ser encontrado no Brasil, na Argentina e no Uruguai.


Elenco

Clarence Nash na voz de Donald tanto na versão original quanto na versão brasileira, já que o longa retrata os países da América Latina, e então não foi alterado muito a dublagem.

Pinto Colvig na voz de Pateta.

José de Oliveira fez a voz de Zé Carioca, tanto na versão original quanto na versão brasileira. Embora que tenha dado a característica típica do papagaio carioca, José de Oliveira na verdade era paulista. Foi sendo um grande amigo de Walt Disney, a ponto até de ajudar Walt algumas vezes nas animações.

O longa foi narrado por Frank Graham e Frank Thomas. Na versão brasileira foi dublada apenas por Aloysio de Oliveira, sendo a única alteração na dublagem brasileira.


Curiosidades



- Outro segmento originalmente criado paro o filme era Brazilian Symphony (ou Caxangá), onde mostrava Donald jogando caxangá (com a icônica cantiga Escravos de Jó) com Zé Carioca e (curiosamente) Pateta, mas o marreco se enfurecia por não conseguir vencer a brincadeira.
Mas depois, ele começa a ter um pesadelo surreal com a brincadeira.

 Este curta foi deletado da versão final do filme, mas ele pode ser visto em South of the Border with Walt Disney.
Além disso, vestígios do segmento podem ser vistos no próprio longa, como por exemplo a cantiga pode ser ouvida nas cenas de Carnaval no Rio de Janeiro, além de Zé Carioca fazer batuques da música com uma caixa de fósforos.
Este curta já teve várias tentativas de ser lançado no decorrer dos anos 40, até o estúdio decidir cancelar definitivamente em 1946.


- Outro segmento que também foi planejado para aparecer no longa foi Chichicastenango, que se passa na cidade de mesmo nome da Guatemala. Seria uma visão surreal da cidade guatemalteca.

Ele também seria o único segmento que não se passa em um país sul-americano e sim da América Central.
Também foi removido, mas também pode ser visto no documentário South of Border with Walt Disney (1942).

- Quando Walt Disney desembarcou do aeroporto Santos Dumont em agosto de 1941 acompanhado de sua esposa Lillian e de alguns auxiliares, foi sendo recebido por jornalistas e diretores do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) e no dia seguinte visitou a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) na companhia de Herbert Moses, o presidente daquela instituição, onde recebeu uma entrevista à imprensa.
Walt então explicou que veio ao Brasil para procurar por paisagens sul-americanas para usá-las em seus longas, e não para construir estúdios no Brasil ou na Argentina, desmentindo assim um boato tido até então naquela época.

-  Ary Barroso foi um dos artistas que tiveram maior influência nos longas.
  
- Quando chegaram ao Rio de Janeiro, Walt, Lillian e alguns de sua equipe se hospedaram em Copacabana Palace, enquanto o resto de sua equipe se hospedaram em Hotel Glória. Mal chegando lá, eles começaram a passear pela Cidade Maravilhosa, enchendo blocos de número incontável de desenhos com ilustrações e esboços do colorido exótico local.
A equipe conheceu diversos pontos turísticos do Rio como o Pão de Açúcar, além de visitarem o Jardim Botânico. Eles ficaram tão fascinados pela fauna (principalmente as aves) e flora de nosso país, que aos olhos deles pareciam exóticas e únicas.   


- Walt Disney sinceramente gostou muito do que viu no Brasil. Tanto que sua viagem foi prolongada de uma semana para uma quinzena (ou seja, duas semanas). Walt admirou muito a música Aquarela do Brasil e pela nossa fauna e flora, principalmente os papagaios. Ele anunciara a empresa sua intenção de tornar a ave em um companheiro de aventuras de Mickey e Donald, emprestando "voz, jeitinho e fala próprios". Voltando para os estúdios de Burbank, Walt já sabia até como seria o traje do papagaio que era um fraque acompanhado de um guarda chuva e chapéu de palha, que foi baseado em ninguém nada menos que Dr. Jacarandá.
A visita não saiu de sua cabeça de jeito nenhum, que chegou a ponto de falar várias vezes aos seus colaboradores que no Brasil já estava tudo pronto para ser absorvido por nós tanto na música, quanto paisagem, humorismo, alegria e cores.

- Após deixarem o nosso país, em setembro de 1941, Walt e sua equipe foram a Argentina via Pan-Air, fazendo uma entrada triunfal, mesmo com horas de atraso.
A sua recepção foi de uma multidão muito grande, que foi considerado a maior multidão da história do aeroporto.
A equipe ficou três semanas no país dos hermanos, e instalaram uma espécie de "estúdio" no Hotel Alvear Palace em Buenos Aires, onde seus artistas puderam fazer seus desenhos e pinturas. 

Conclusão


Alô, Amigos é um longa que não deve deixar de ser assistido por nós brasileiros e aqueles que são da América do Sul, seja do Peru, do Chile, da Argentina, e entre outros países, nós somos parceiros, amigos, próximos. É um longa que deve ser mostrado como é importante manter as relações com os nossos países, mesmo eles estando perto ou de longe, e que devemos aceitar as nossas diferenças culturais, nossas línguas diferentes seja português, inglês, espanhol, holandês, alemão, tupi, guarani, quíchua e entre outras línguas. 
Alô, Amigos, este é o fim do post de hoje!
Saludos Amigos, esta és la conclusíon del post de hoy!
Muy gracias!

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Aristogatas

O post de hoje é sobre Aristogatas, um clássico também bem lembrado na infância de todos.
Lançado na véspera de Natal de 1970, Aristogatas (The Aristocats, no original) é um filme da Walt Disney Animation Studios, sendo assim um clássico Disney e vigésimo filme do catálogo.
O clássico teve sua première em 11 de dezembro de 1970, mas foi lançado oficialmente na véspera de Natal de 1970. 
É o primeiro filme realizado após a morte de Walt Disney em dezembro de 1966, e o filme que começou a fazer a Disney se passar em uma era chamada Era Negra, que passou entre os anos 70 e os anos 80, terminando em 1989 com o sucesso de A Pequena Sereia.
É um dos poucos filmes da Disney na década de 1970 a fazer sucesso, algo que acontece com Bernardo e Bianca, lançado sete anos depois.
É o segundo longa-metragem que se passa na França, pois o primeiro foi Cinderela (1950). Mas Aristogatas foi o primeiro a se passar em Paris e foi o primeiro longa-metragem a representar a Cidade Luz na década de 1910 e até então não se sabe onde especificamente na França se passa a narrativa de Cinderela.
É o quarto longa dirigido por Wolfgang Reitherman que dirigiu a maioria dos filmes na Era Negra.
Aristogatas começou originalmente como um roteiro escrito por Tom McGowan e Tom Rowe para um episódio em live-action de duas partes para a série Walt Disney's Wonderful World of Color (eu tinha apresentado um episódio desta série, pra quem não conhece, no post de It's a Small World).
Cinco dos Nove Anciões trabalham no projeto de Aristogatas.
É também o último filme aprovado por Walt Disney, que faleceu em dezembro de 1966, ano em que iniciou a produção oficial do filme.

História e Produção de Aristogatas

Tudo começou em dezembro de 1961, dez meses após o sucesso de 101 Dálmatas (1961), quando Walt Disney sugeriu que Harry Tytle e Tom McGowan encontrassem algumas histórias baseadas em animais para adaptar para um episódio live-action de duas partes para a série Walt Disney's Wonderful World of Color.
No Ano Novo de 1962, McGowan encontrou várias histórias, incluindo um livro infantil sobre uma gata que tinha filhotes que se passa em Nova Iorque.
No entanto, Tytle sentiu que o longa precisava de um local essencialmente significativo, tal como aconteceu em 101 Dálmatas, que foi acrescentado no longa a narrativa se passar em Londres, e então sugeriu que a história de gatos poderia se passar em Paris.
Com essa ideia em mente, foi sendo produzido uma sequência em que giraria em torno de dois criados (um mordomo — que originaria Edgar, e uma camareira) que tentavam frustradamente roubar a herança de uma senhora excêntrica (a qual originaria a Madame Adelaide) que a dá para seus gatos de estimação, e seria focado principalmente em suas tentativas de consegui-la, além de uma subtrama focada na gata que lutava pela vida de seus filhotes escondendo-os em uma variedade de casas e locais nos arredores de Paris.
Os atores que haviam pensados em interpretar o mordomo e a madame respectivamente seriam Boris Karloff e Françoise Rosay.
Durante a gravação do episódio Escapade in Florence, McGowan trouxe o roteiro que foi escrito por Tom Rowe, um americano que morava em Paris. 
 Então em agosto de 1962, o roteiro foi enviado em Burbank, onde lá foi "rejeitado" por um executivo desconhecido nos estúdios da Disney.
No entanto, Tytle entregou pessoalmente o roteiro para Walt Disney, que estava em Connaught, Londres.
Walt Disney aprovou o projeto, mas recomendou que editasse ele, fazendo cortes adicionais que foram feitas em fevereiro de 1963, mas antes que começasse a gravação em Paris, Tytle escreveu uma carta para Walt que abordou seu descontentamento com a revisão do roteiro e que este primeiro mandou uma resposta a Rowe, dizendo que as mudanças aprovadas por Walt fossem mantidas. Porém até junho daquele ano, o projeto foi arquivado, onde Tytle, indignado, fez uma discussão com Walt Disney, que recomendou ao primeiro que Aristogatas poderia ser um longa-metragem animado.
Com isso, Walt arquivou temporariamente o projeto em favor de Mogli, o Menino Lobo (1967), que estava sendo produzido. Durante isso, Wolfgang Reitherman, o futuro diretor do longa, tomou conhecimento do projeto, e sugeriu que ele poderia ser produzido ser um projeto de acompanhamento para o filme do menino lobo.
Porém devido a atrasos de produção, Harry Tytle foi aconselhado a concentrar seus esforços em projetos em live-action. Fazendo isso, abandonou o projeto e foi substituído por Winston Hibler.     
Então em 1966, quando a produção de Mogli, o Menino Lobo estava quase completa, Walt chamou Ken Anderson para fazer o trabalho preliminar de Aristogatas.
O projeto então foi sendo produzido por Ken Anderson que com as orientações ocasionais de Wolfgang Reitherman, escreveu um novo roteiro para o longa, começando do zero, e simplificando as duas histórias e que no decorrer disso tudo, o roteiro do longa passou a se concentrar nos gatos.
Walt Disney vendo os esboços preliminares de Aristogatas, aprovou o projeto, marcando desse modo, o último filme aprovado pelo próprio Walt pouco antes de sua morte em dezembro de 1966.
Após o lançamento de Mogli, o Menino Lobo nos cinemas em 1967, o estúdio de animação começou a produzir Aristogatas, e após isso, Reitherman assumiu a produção do longa-metragem, tomando o lugar de Hibler. Depois de ter feito isso, Woolie substituiu o enredo dramático em que a Duquesa estava obsessiva em encontrar um lar para poder cuidar de seus filhotes, que havia sido aprovado por Walt Disney, por uma divertida aventura, assim como foi 101 Dálmatas (explicando assim a semelhança). E quanto a camareira que era chamada de Elvira, começou a perder espaço no novo roteiro do longa, sendo logo depois removida do filme, decidindo que apenas Edgar fosse o vilão da película. 

Após essas coisas, Aristogatas finalmente foi concluído, e teve sua première em 11 de dezembro de 1970, e até ser lançado oficialmente na véspera de Natal de 1970, fazendo um sucesso grande, ainda que seja um pouquinho aquém do sucesso de Mogli, o Menino Lobo.
No Brasil, Aristogatas foi lançado em fevereiro de 1971.
Apesar do sucesso de lançamento Aristogatas foi criticado por haver fortes semelhanças com 101 Dálmatas, além de ser comparado ao longa A Dama e o Vagabundo (1955), pelo fato de ser um romance entre uma rica e um pobre.
Apesar das críticas de semelhanças com estes filmes, não impediu que Aristogatas fosse um sucesso na Europa, principalmente na França, o local onde a trama do longa em que se passa.

Sinopse
       
A história se passa em Paris em 1910, quando Madame Adelaide Bonfamille (chamada simplesmente de Madame no longa), uma milionária (provavelmente uma famosa cantora de ópera), decide passar a herança de sua fortuna para a sua gata Duquesa e seus filhotes Marie, Berlioz e Toulouse.
Indignado com isso, Edgar, um mordomo inglês da milionária, decide se livrar dos futuros herdeiros, levando-os para longe de Paris a fim de conseguir ter a herança, mas devido aos cães atrapalhados Napoleão e Lafayette, a cesta de onde estavam os gatinhos cai numa ponte, conseguindo suceder o seu plano e volta para a mansão.
A partir de então, Duquesa e seus gatinhos, junto do gato de rua Thomas O'Malley terão de encontrar o caminho de volta para a mansão e confrontarem o mordomo.

Elenco
Elenco original

        Eva Gabor deu a sua voz para a gata Duquesa. É o primeiro filme da Disney que a irmã de Zsa Zsa Gabor participou. Mais tarde emprestaria sua voz a ratinha Bianca, em Bernardo e Bianca (1977) e na continuação Bernardo e Bianca na Terra dos Cangurus (The Rescuers Down Under, 1990). Robie Lester deu a voz a Duquesa nas canções.
Eva faleceu em 1995, de pneumonia e Robie faleceu em 2005.

Phil Harris emprestou a voz ao gato de rua carismático Thomas O'Malley. É o segundo filme da Disney que Harris participou, sendo o primeiro Mogli, o Menino Lobo (1967), dublando o urso Balu.
Mais tarde dublaria o também urso João Pequeno em Robin Hood (1973).

Liz English dublou a gatinha Marie. 

Dean Clark na voz de Berlioz

Gary Dublin na voz de Toulouse

Hermione Baddeley emprestou a sua voz a Madame Adelaide Bonfamille. Hermione havia participado na Disney em Mary Poppins (1964), interpretando a empregada Ellen.
Hermione faleceu em 1986. 

Roddy Maude-Roxby na voz de Edgar.

Charles Lane, que fazia participações nos programas de TV da Disney e em filmes em live-action do estúdio nos anos 60, emprestou a sua voz a Georges Hautecourt, um velho amigo e advogado da Madame.
Charles faleceu em 2007.

Sterling Holloway fez a voz do ratinho Roquefort. Sterling esteve no estúdio anteriormente dublando o Gato de Cheshire em Alice no País das Maravilhas (1951), o narrador de Goliath II (1960), Ursinho Pooh, nos curta-metragens Ursinho Puff e a Árvore de Mel (1966) e Ursinho Puff e o Dia Chuvoso (1968), além de Kaa, em Mogli, o Menino Lobo.

A égua Frufru teve sua voz emprestada por Nancy Kulp nos diálogos. Sua voz durante a reprise de Everybody Wants to Be a Cat no final foi feita por Ruth Buzzi.

Scatman Crothers deu a voz ao gato Pilantra. Mais tarde ele seria conhecido por dublar Hong Kong Fu, por interpretar o lixeiro Louie na série Chico and the Man, além de interpretar Dick Hallorann no filme O Iluminado (1980).  
Scatman faleceu em 1986.

Vito Scotti, que também fazia participações nos programas de TV da Disney e em filmes em live-action da Casa do Mickey, emprestou sua voz ao gato italiano Peppo (cujo nome não foi revelado no filme). 
Scotti faleceu em 1996.

Paul Winchell, conhecido na Disney por dar a voz ao Tigrão, emprestou sua voz ao gato "chinês" (na verdade é um gato siamês) Shun Gon (nome também não revelado).
Paul Winchell retornaria aos longas, emprestando a voz a Bruno em O Cão e a Raposa (1981).
Paul se aposentou em 1999 e faleceu em 2005.


O ex-DJ Lord Tim Hudson dublou o inglês Gato do Ritmo (nome não revelado, Hip Cat nos créditos). Ele havia dado a voz a um dos abutres em Mogli, o Menino Lobo.

Thurl Ravenscroft dublou o gato russo Billy Baixo (nome não revelado, Billy Boss nos créditos). Thurl sempre trabalhou no estúdio da Disney tanto em dublagens quanto em canções de fundo. O último personagem dublado por Thurl foi Kirby em A Torradeira Valente (1987) e nas continuações nos anos 90.
Thurl faleceu em 2005.

Monica Evans fez a voz da gansa inglesa Abigail (do chapéu azul). Depois de Aristogatas, Monica dublou a Donzela Marian em Robin Hood (1973).

Carole Shelley dublou a gansa Amelia (de chapéu rosa), irmã gêmea de Abigail. Carole depois dublou a galinha Lady Kluck em Robin Hood e uma das moiras, muito mais tarde em Hércules (1997). 

Pat Buttram emprestou sua voz ao sabujo Napoleão. Pat mais tarde dublou o Xerife de Nottingham em Robin Hood, o rato almiscarado preguiçoso Luke em Bernardo e Bianca, Chefe em O Cão e a Raposa, uma das balas em Uma Cilada para Roger Rabbit (1988) e um mestre de cerimônia do Parque Gambá em Pateta — O Filme (1995).

George Lindsey, por sua vez, deu a voz ao bassê Laffayette. George mais tarde dublou o coelho Deadeye em Bernardo e Bianca.
George Lindsey faleceu em 2012.

Bill Thompson fez a sua última participação na Disney, emprestando a voz ao tio Waldo, um ganso inglês bêbado que fugiu do cozinheiro e tio das gansas Amelia e Abigail.

Peter Renaday, que fez muitos trabalhos na Disney tanto em animações e em live-action, deu a voz a um leiteiro rabugento que leva desapercebidamente os gatos, e um cozinheiro que tentou assar Tio Waldo em um restaurante em Paris.

Mel Blanc improvisou os coaxados de uma rã que assusta Berlioz. 

Dublagem brasileira

No Brasil, Aristogatas sempre manteve a dublagem de 1971, ano em que foi lançado no país.

Duquesa - Ruth Schelske (falando e cantando) e Dóris Monteiro (somente na canção Everybody Wants To Be a Cat)
Thomas O'Malley - Ênio Santos
Marie - Desconhecida
Berlioz - Paulo Scarpallo
Toulouse - Antonieta Matos 
Edgar - Milton Luis
Madame Adelaide - Lourdes Mayer
Advogado Georges - Magalhães Graça
 Roquefort - Cleonir dos Santos
Frufru - Neyda Rodrigues
Pilantra - Monsueto Menezes
Gatos da Malandragem: MPB-4
Napoleão e Tio Waldo - Waldir Fiori
Laffayette - Orlando Drummond
Amélia - Selma Lopes
Abigail - Terezinha Moreira
Leiteiro - Desconhecido
Cozinheiro - Desconhecido
Abertura (canção The Aristocats) - Ivon Curi

Fonte: Casa da Dublagem.

Continuações
 Aristocats: The Animated Series

Em 2003, o Disney Channel estava produzindo uma série animada envolvendo os três gatinhos crescidos, focada na gatinha Marie que teria um interesse amoroso Delancey, uma versão adolescente de Thomas O'Malley, além de novos personagens que também seriam gatos de rua.
A série em si é tecnicamente uma recriação do longa de 1970.
Porém, ao começar a série, a Disney aconselhou ao canal que em vez de produzir uma série para continuar o filme original, poderia fazer um longa-metragem que continuasse o filme e que serviria de introdução para a série (assim como Aladdin (1992)). 

Aristogatas 2
Com essa ideia em mente, a Disney começou a produzir Aristogatas 2 para que continuasse o longa e dar o ponto de partida para a série.
O filme teria os personagens originais da série, além de aparecer Duquesa e O'Malley como personagens secundários e teria como protagonista Marie.
A sequela até tinha prazo para ser lançado em 2007. Porém em 2006, quando a Disney comprou a Pixar, John Lasseter exigiu que cancelasse todos os projetos não-relacionados a linha de produtos do estúdio, o que levou a cancelar todos os planos de continuação para Aristogatas e incluindo a série planejada desde 2003, além de continuações para os outros longas da Disney como Pinóquio (1940) e O Galinho Chicken Little (2005).

Curiosidades
- Aristogatas foi indicado ao Oscar de melhores cenários. Foram usados mais de 900 planos de fundo pintados para fazer os cenários do longa.

- A partir da década de 2000, a gatinha Marie foi sendo sucesso pelos fãs da Disney através do mercado de produtos do estúdio como fichários, mochilas, borrachas, etc.
Foi por conta do sucesso da gatinha, que levou o estúdio a produzir Aristogatas 2.

- É o único longa da Disney com participação de Maurice Chevalier, que se despediu do cargo cantando a canção de abertura do longa antes de sua morte em 1972.
Apesar disso, uma caricatura de Chevalier pode ser vista no curta-metragem de Mickey , Mickey's Gala Premiere, de 1933.

- Assim como Mogli, o Menino Lobo, a aparência e a personalidade foi baseada nos atores que faziam suas vozes.

- Para fazer a cena de Thomas O'Malley se afogando para salvar Marie, Phil Harris fez grunhidos e tosses do personagem enfiando parte de seu rosto em uma bacia de água enquanto assistia o filme na tela. Ele fez a cena em apenas um mergulho.

- Louis Armstrong estava envolvido no projeto para dublar o gato Pilantra, mas por razões desconhecidas, Armstrong abandonou o projeto, mas a personalidade e os movimentos do tocador de trompete permaneceram no personagem.
Louis Armstrong, mais tarde serviria de inspiração ao crocodilo Louie em A Princesa e o Sapo (2009). 
Scatman Chroters, o substituto de Armstrong, foi orientado para "fingir que era Schatmo".

O nome completo de Thomas O’Malley (só aparece na versão original do longa em inglês) é Abraham Delacey Giuseppe Cassey Thomas O’Malley.

- Segundo as folhas de conceito artístico de Ken Anderson, o nome da gatinha Marie é uma homenagem a rainha e arquiduquesa austríaca Maria Antonieta de Habsburgo-Lorena (última rainha da monarquia francesa), a qual era conhecida pelas suas atitudes polêmicas.

- O nome do gatinho Toulouse é uma homenagem ao pintor pós-impressionista e litógrafo francês Henri de Toulouse-Lautrec.

- Já o nome do gatinho Berlioz, é uma óbvia homenagem ao músico francês Hector Berlioz, conhecido pelas suas composições românticas, e principalmente pela sua obra Sinfonia Fantástica em Cinco Partes.

- O nome do cão Napoleão é uma óbvia referência ao Napoleão Bonaparte, e já o de Lafayette é uma homenagem ao aristocrata militarista francês e general da Revolução Americana Gilbert du Motier, conhecido como Marquês de La Fayette, onde nos Estados Unidos era mais conhecido como Lafayette. 

- Para fazer a animação das gansas Amelia e Abigail, Frank Thomas e Ollie Johnston filmaram gansos de verdade na fazenda de um amigo.

- Em algumas versões dos quadrinhos da Disney, Thomas O'Malley aparece nomeado de Matinhos, assim como Marie aparece nomeada de Fifi.

- Napoleão e Lafayette teriam sua cena apenas na primeira perseguição, mas eles fizeram tanto sucesso que os produtores tiveram de mudar o roteiro do filme para que os cães pudessem aparecer de novo.

- Por ser um vilão bastante britânico, os produtores deram a Edgar uma jaqueta preta e uma calça cinza-azulada feitas tudo sob medida, para dar uma aparência mais "gentil" a ele. 

- Apesar de oficialmente ser chamado de Edgar no longa, nos créditos do longa estava creditado como Butler (Mordomo, em inglês), assim como Georges foi creditado como Lawyer (Advogado).

- Paul Collins que havia dado a voz ao irmão de Wendy, João em Peter Pan (1952), foi considerado para dar a voz a Edgar, mas a ideia foi logo cancelada.

- A única personagem que foi deletada foi Elvira, uma camareira que assim como Edgar, queria a herança da Madame Adelaide e que ajudava o mordomo, além de querer se casar com ele.

Uma das atrizes que foram consideradas para dublar a camareira foi Elsa Lanchester, que havia participado antes em Mary Poppins, como Katie Nanna.
Chegou até ser feita uma canção How Much You Mean to Me (também conhecida como Court Me Slowly), a qual foi composta pelos irmãos Sherman.
Foi deletada, quando o longa mudou de enredo passando a se concentrar mais em Duquesa e nos gatinhos, perdendo desse modo o sentido de estar no longa, além de decidirem que somente Edgar fosse o vilão do longa. 

-  Os irmãos Sherman, cujo pai escreveu o grande sucesso de Maurice Chevalier Living in the Sunlight, Loving in the Moonlight, tiraram Chevalier de sua aposentadoria para cantar a canção-título do longa.

Conclusão
Aristogatas é um longa que vale muito a pena assisti-lo.
Cenários bonitos e atraentes, este clássico marcou a infância certamente de muitos aqui no Brasil.
Este clássico, apesar de ser feito em uma época difícil para o estúdio, após a morte do Walt, não deixa de ser um bom filme.