quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

A Pequena Vendedora de Fósforos (Disney, 2006)

A Pequena Vendedora de Fósforos é talvez um dos mais comoventes filmes da Disney.
O curta originalmente lançado em setembro de 2006, seria um segmento do projeto cancelado Fantasia 2006, que seria uma continuação para Fantasia 2000 (1999–00).
Bom, esse curta é quase impossível de não chorar ao assistir ele, mas ao mesmo tempo um belo filme, apesar de sua natureza triste.
O curta foi baseado no conto de mesmo nome de 1845, de Hans Christian Andersen, talvez conhecido, e provavelmente alguém já leu e ouviu essa história quando criança, sendo contada em escolas ou mesmo em casa.
É o único filme dirigido por Roger Allers após o sucesso de O Rei Leão (1994) e que mais tarde após o lançamento do filminho em 2006, teria saído do estúdio da Disney.
É um dos poucos filmes que teve a adaptação fiel ao conto original, ao contrário do segmento do Soldadinho Chumbo em Fantasia 2000, que teve o final modificado pelo fato de que se tivesse o fim como no conto não iria acompanhar o ritmo alegre da música.
O curta pode ser visto em uma edição de DVD de A Pequena Sereia (1989) — que também é uma adaptação de um conto de Andersen, e atualmente na compilação de curtas da Disney que foram lançados entre o final da década de 1990 e os meados da década de 2010 como John Henry (1999), Lorenzo (2004) e Frozen – Febre Congelante (2015).

Produção de A Pequena Vendedora de Fósforos
Bom, repetindo o dito acima, o curta originalmente seria um segmento de Fantasia 2006, e foi produzido em 2005, mesmo com o projeto cancelado em 2004, sendo decidido que o segmento seria um curta ao invés disso, e foi lançado em setembro de 2006.
O curta quase ganhou o Oscar de melhor curta-metragem em seu lançamento, e após o seu lançamento ele foi incluído na edição de 2006 de A Pequena Sereia.

Sinopse
   Acompanhada pela composição Noturno de Quarteto de Cordas Nº 2 em Ré Maior, de Alexander Borodin, a história se passa na Rússia, em plena noite de véspera de Natal, vivia uma pequena menina pobre e que para melhorar a sua condição e sobreviver no inverno, ela tenta vender os fósforos, mas sem sucesso de conseguir vender seus fósforos.
Morrendo de frio, a menina então acende os fósforos que não vendeu e vai sonhando e tendo esperanças quando os acende. Durante isso, ela começa a sonhar junto com a sua avó, e a pede para levá-la, falecendo em plena manhã de Natal com rosto sorridente.

Diferenças entre o conto e o filme

O filme não teve muitas diferenças em relação ao conto original, suas diferenças se dão mais pelo fato de ter sido um pouco amenizado, e como o curta é acompanhado apenas de composição e não possui falas, como qualquer segmento de Fantasia, as falas da menina do conto original foram retiradas.
Por esse mesmo fato, o pai da menina não é nem mencionado no curta, fazendo parecer que a menina é órfã e desabrigada.
As amenizações se dão principalmente pelas características da menina no filme, que usa meias com dedos de fora, juntamente com um xale e uma faixa na cabeça, usando trajes típicos do país. No conto, a menina andava descalça e seus cabelos eram claros e soltos.
A também grande diferença é a localidade do conto que se passa provavelmente na Dinamarca, ao contrário do filminho que se passa na Rússia Imperial. 

Curiosidades

  - O fato mais interessante do curta é a sua animação, que a medida que a menina acende um fósforo e durante seus sonhos e esperanças, os cenários vão a cores mais alegres como amarelo, laranja, verde, marrom e vermelho, dando um contraste ao cenário que é branco, azul, preto e cinzento.

- O visual da menina parece uma versão infantil de Mulan do filme de mesmo nome de 1998.

Conclusão
A Pequena Vendedora de Fósforos é um dos curtas que vale muito a pena assistir, principalmente em época de Natal, pois ele faz refletir que existem muitos pequenos vendedores de fósforos nas ruas que pedem ajuda e nós muitas das vezes damos as costas para eles, e às vezes nós não conseguimos fazer para ajudá-los.
Essa é a mensagem que A Pequena Vendedora de Fósforos quer nos mostrar; esta triste realidade que muitas vezes ignoramos ou esquecemos.
Feliz Natal!
Pra quem deseja assistir o curta assista aqui:

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

One by One

Lançado originalmente em 2004, One by One (Um por Um) é um dos mais raros curta-metragens da Disney, juntamente com Lorenzo (2004), Goliath II (1960) e Um Milagre de Natal (1978).
O curta foi baseado em uma canção não-utilizada de mesmo nome, originalmente escrita para O Rei Leão (1994). Apesar de não ter sido utilizada para o longa, a canção pode ser vista na versão da Broadway do filme de 1994.
Ao assistir esse curta chega ser quase impossível não ter um nó na garganta de tão lindo é ele, junto com as suas animações, a canção e a mensagem que carrega.
Esse curta era para ser um segmento para a tentativa de continuação para Fantasia 2000 (1999–00) chamado Fantasia 2006, que como o seu nome sugere, deveria estrear em 2006, mas foi cancelado em 2004, por razões desconhecidas, provavelmente pelo fato do estúdio da Disney estar em uma crise muito forte na animação tradicional.

Pelo fato da canção ter sido uma música não-utilizada em O Rei Leão, o curta compartilha diversas semelhanças com o longa, como são situados na África. A única grande diferença entre os dois filmes é que os personagens do pequeno filme são crianças humanas ao invés de animais como costuma ser em O Rei Leão, sendo então o oposto do filme de 1994.
É o único filme em que retrata "de fato" um povo africano.

Produção de One by One

A produção do curta foi provavelmente feita após o lançamento de O Rei Leão 3 – Hakuna Matata (The Lion King 1½, 2004) e foi lançado apenas como um extra em uma edição de DVD de O Rei Leão 2: O Reino de Simba (ou Orgulho de Simba, como é chamado nessa edição) (1998) em agosto de 2004.

Ao contrário de Lorenzo (2004), ele nunca foi lançado em nenhum festival de animação, sendo esta a razão de ser um curta raro.

Sinopse
Cena de One by One
     A história se passa em um vilarejo pobre na África do Sul, onde um menino tem uma ideia de soltar pipa com as outras crianças, se inspirando em uma pena colorida que encontra voando pela vila.
Usando diversos objetos leves (como aventais, jornais, roupas íntimas, etc.), as crianças criam pipas improvisadas e coloridas através de suas criatividades e as soltam em uma colina próxima do vilarejo.
O filme é movido pela canção One by One, cantada em zulu*, utilizada na versão Broadway de O Rei Leão, sobre como seria a volta de Simba para a Pedra do Reino.
A mensagem tida no curta é sobre liberdade.

Trecho da música original:

Ibabeni njalo bakithi 
Ninga dinwa 
Ninga phelelwa nga mandla 
Siya ba bona
Bebe fun' ukusi xeda 
One by one
Ngeke ba lunge 
One by one
Sizo nqoba
One by one
Ngeke ba lunge 
One by one

Tradução para o português:

Mantenha firmeza, meu povo
Não desistam
Não percam suas forças
Nós podemos
Eles querem nos prender
Um por Um
Eles não vão conseguir
Um por Um
Nós vamos vencer
Um por um
Eles não vão conseguir
Um por um

Curiosidades
- O interessante do curta são os seus cenários que no início estava nublado e no decorrer do curta, ele começa a estar ensolarado e colorido.

- A língua utilizada no curta é o zulu,  língua falada pelos zulos, povo de origem banta nativo da África Austral (principalmente na Áfri do Sul).

Conclusão

One by One é um filme belíssimo e que não pode deixar de assistí-lo.
Para quem nunca viu antes e que tem uma curiosidade de assistir o curta, tem o vídeo no You Yube. 
Vídeos exibindo o curta na Internet são raros, podendo encontrar no máximo dois.
Não deixe de assistir!

*Originalmente no post estava informado erroneamente que a língua utilizada no curta seria suaíli, nativa da África Oriental, que na verdade é a língua zulu, uma vez que acordo com a Broadway é esta última, além do curta-metragem ser ambientado na África do Sul.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Chicken Little, o Galinho Ingênuo (Disney, 1943)

Galera, mais uma "atualização radical" para este post, que eu havia postado anteriormente em março desse ano, na intenção de descartar as ideias não-relacionadas do curta como associar o Nacional-Socialismo Alemão (ou Nazismo) com o Socialismo Soviético que são partidos distintos apesar da semelhança de nomes, além de associar os partidos com o Gramscismo (ideologia que pode mudar uma cultura de determinada sociedade).

O post de hoje é sobre a primeira versão de Chicken Little, um curta de Segunda Guerra Mundial lançado originalmente em dezembro de 1943.
Ao contrário do filme de 2005 que foi uma adaptação vaga, o curta em si foi baseado de modo mais fiel ao conto original, mas ambos foram baseados no conto de fadas chamado de Chicken Licken (em algumas versões do conto, Henny Penny, que conta a história de uma galinha, em vez de pintinho, outras com o nome Chicken Little).
No Brasil o curta-metragem ganha o título de O Galinho Ingênuo.
        Um resumo do conto original era que um pintinho ou uma galinha se desespera em que vai haver um fim do mundo quando uma bolota cai em sua cabeça e tenta contar para o seu rei que o céu está caindo, mas é frustrado por uma raposa que pretendia devorá-lo(a).


        O objetivo da Disney neste curta era de mostrar a tática de como o Nazismo dominou a Alemanha, através do conto, personificando com os personagens do conto original e representando cada tipo de grupo.


Sinopse


 Uma raposa com muita fome pretende jantar toda a granja habitada por aves de espécies diferentes (cada uma representando (estereotipadamente) um grupo, os marrecos e gansos representando os homens "arruaceiros" (frequentemente bêbados), as galinhas como mulheres fofoqueiras, os frangos como adolescentes, perus como os granfinos). Pra isso, ela precisa de uma ave ingênua o bastante para poder conseguir enganar todas as aves da granja. Utilizando Chicken Little (chamado de Pintinho Ingênuo, ou simplesmente Pintinho) Foxy Loxy consegue enganar todas as aves da granja, desestabilizando o chefe delas com o auxílio de um livro de "psicologia".


Foxy Loxy e Mein Kampf
   Originalmente, o livro que a Raposa lê seria o livro Mein Kampf (se pronuncia Main Campf, que significa Minha Luta em alemão) escrito pelo próprio Hitler que havia sido um sucesso na Alemanha antes do ditador estar no poder de chanceler e que (não necessariamente) era obrigado a ler o livro.
Esboços do curta até foram feitos, mas a ideia foi deletada da versão final para evitar polêmica e o fato de que o curta seria censurado após o seu lançamento tal como Educação para Morte (1942) e Razão e Emoção (1943) foram banidos após os seus respectivos lançamentos em 1943.
Por essa razão, o livro foi substituído por um livro de psicologia que Foxy usa para enganar Chicken Little e as aves da granja.

Curiosidades

- Chicken Little pode ser visto brincando com seu ioiô em uma cena de Uma Cilada Para Roger Rabbit (1988), durante a canção Smile Ya Darn Smile, quando Eddie Valiant entra na Desenholândia.


- Chicken Little também pode ser visto em um quadro na parede em uma loja da Disney World, juntamente com os outros personagens aves do estúdio como Iago e os passarinhos amigos de Cinderela.
File:Birdmural08.JPG

Conclusão

Muitas pessoas fazem associações com o Nazismo da Segunda Guerra Mundial, apesar de haverem laços em comum e tiram conclusões erradas.
Tomem muito cuidado com o que as pessoas comentam sobre o curta de Chicken Little de 1943.
Não tenham medo de dizer e insistir que o curta é um curta contra o Nazismo, independente de que o Nazismo seja um socialismo, etc.
Não façam associações precipitadas, não tirem conclusões antes de raciocinarem.
Não utilizem o curta-metragem para criticar o comunismo, o terrorismo e as ideias de esquerda.
Fiquem de olho no YouTube, pois existem pessoas que utilizam o curta de 1943 para criticar as coisas citadas acima, não acreditem no que as pessoas falam, pois o curta é uma metáfora sobre como Hitler dominou e tomou a Alemanha, e nada além disso.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

O Conto de Natal do Mickey

Poster original com o relançamento de Bernardo e Bianca
Em homenagem a época de Natal que está chegando, o post de hoje é sobre O Conto de Natal do Mickey (ou O Natal do Mickey Mouse).    
 Lançado originalmente em dezembro de 1983, O Conto de Natal do Mickey (Mickey's Christmas Carol, no original) é o primeiro curta-metragem de Mickey Mouse após o último curta-metragem do camundongo produzido por Walt Disney, As Coisas Mais Simples (ou Pluto e a Gaivota), de 1953.
Bom, esse curta é muito conhecido. Muitos devem ter assistido ele na Rede Globo quando está em época de Natal ou tido um VHS do curta.
O curta em si, foi baseado em um disco da Disneylândia de mesmo nome, que era acompanhado por um livro ilustrado, lançado originalmente em 1974, que por sua vez foi baseado no famoso conto de Natal escrito por Charles Dickens.

A película foi lançada juntamente com um relançamento de Bernardo e Bianca (1977) nos cinemas britânicos em dezembro de 1983.
Apesar de ser um curta do Mickey, o filme é completamente protagonizado pelo Tio Patinhas, que faz o papel do personagem a quem foi baseado, enquanto o topolino faz o papel de Cratchit, o funcionário mal-explorado do senhor avarento.
O fato curioso do curta é que ele é como se fosse uma peça interpretada pelos próprios personagens da Disney, semelhante ao Aprendiz de Feiticeiro em Fantasia (1940). 
É também o primeiro filme de Natal estrelado pelos personagens da Disney após a morte de Walt em 1966, sendo seguido bem depois pelos longas Aconteceu no Natal do Mickey (1999) e Aconteceu de Novo no Natal do Mickey (2004).

Sinopse
Na véspera de Natal na Inglaterra Vitoriana, vivia Ebenezer Scrooge (Tio Patinhas), um senhor rico, rabugento, ganancioso e avarento que só pensa em nada mais além de dinheiro e vivia mal-explorando Cratchit (Mickey).
Uma noite, Scrooge recebe uma visita de Marley (Pateta), o ex-sócio, que alerta ao velhinho avarento que receberá visitas de três fantasmas de respectivos tempos de Natal naquela noite, o Fantasma do Natal Passado (Grilo Falante), o Fantasma do Natal Presente (Willie, o Gigante (de Como é Bom se Divertir (1947)) e o Fantasma do Natal Futuro (Bafo).
Com aquelas visitas, Scrooge aprendeu o valor do Natal e que suas atitudes podem dar efeito e afetar as outras pessoas a sua volta.

Papel dos personagens

Tio Patinhas - Ebenezer Scrooge
Mickey - Bob Cratchit
Chiquinho - Pequeno Timmy
Pateta - Marley
Grilo Falante - Fantasma do Natal Passado
Gigante Willie - Fantasma do Natal Presente
Bafo - Fantasma do Natal Futuro
Minnie - Emily Cratchit
Francisquinho - Peter Cratchit
Millie ou Melody - Martha Cratchit
Rato - Coletor de Impostos
Verruga - Coletor de Impostos
Sr. Sapo - Fezzywig
Margarida - Isabel

Elenco
Elenco original

Alan Young deu a voz ao Tio Patinhas. Alan dubla o tio avarento de Donald desde 1974.

Wayne Allwine emprestou a sua voz ao Mickey pela primeira vez em um curta-metragem, pois ele dublava o camundongo no Clube do Mickey que foi entre 1977 e 1979. Wayne foi sendo o dublador oficial do camundongo até a sua morte em 2009, sendo Kingdom Hearts 358/2 Days, a última vez que ele dublou o ratinho. A partir de 2009, Bret Iwan passou a dublar o murganho.
Wayne também dublou Otto (cão que aparece em Robin Hood, vide curiosidades) e uma das doninhas.

Dick Billingsley deu a voz a um dos sobrinhos de Mickey, Chiquinho. Antes do lançamento do curta, Dick emprestou a voz ao Guru em Ursinho Puff e um Dia para o Bisonho, que foi lançado meses antes. 

Hal Smith, pela última vez dublou o Pateta neste curta, que havia dublado o personagem desde 1967, após a morte de Pinto Colvig em outubro daquele ano e que havia se aposentado em 1965. A partir de 1987, Pateta foi sendo dublado oficialmente por Bill Farmer até os dias de hoje.
Hal também dublou o Rato.

Eddie Carroll deu a voz ao Grilo Falante. Eddie foi sendo o dublador do grilo até a sua morte em 2010.

Will Ryan dublou Willie, Bafo, Verruga e uma das doninhas no curta.

O veterano Clarence Nash emprestou a sua voz ao Pato Donald. Marcou como o último filme com Clarence emprestando sua voz ao marreco nervosinho, pois a partir de 1985, após a sua morte, Tony Anselmo passou a dar a voz ao personagem.

Patricia Parris deu a voz a Margarida. É a única vez que a atriz deu a voz a eterna namorada de Donald. Patricia passou a dublar Can e a mãe do menino Cristóvão na série do Ursinho Pooh, As Novas Aventuras do Ursinho Pooh, que foi transmitido entre 1988 e 1991.
Margarida passou a ser dublada por Tress MacNeille, que até hoje dá a voz a patinha.

Dublagem Brasileira

O curta recebeu duas dublagens. A única diferença é que na dublagem de DVD, a voz de Cleonir dos Santos que fez a voz de Mickey foi substituída por Sérgio Moreno.

Tio Patinhas - Isaac Bardavid 
Mickey - Cleonir dos Santos (VHS)/Sérgio Moreno (DVD)
Chiquinho - José Leonardo
Grilo Falante - Nelson Batista
Gigante Willie - Garcia Neto
Bafo - Orlando Drummond 
Donald - Garcia Junior
Pateta - Telmo de Avellar
Rato - Sílvio Navas
Verruga - Ionei Silva
Margarida - Juraciara Diácovo
Doninhas - André Luiz Chapéu e Arnaldo Cazela 


Curiosidades


- No disco de 1974, o Fantasma do Passado era Merlin e o Fantasma do Futuro era a Rainha Má (em sua forma de bruxa), e os cobradores de impostos eram João Honesto e Gideão. O único dos três fantasmas que não teve o papel substituído foi o gigante Willie.

- Tio Patinhas foi baseado em Scrooge, tanto que seu nome original é Scrooge McDuck (ou Uncle Scrooge, quando referido por Donald ou seus sobrinhos) e ele faz o papel em quem foi baseado.

-  Vários personagens de Robin Hood (1973) aparecem no curta como figurantes. Alguns dos personagens até falam como o cão Otto que aparece como um mendigo que pede esmola ao tio Patinhas.
Os personagens que também pode se destacar são o coelho Apiti (Skippy, no original) e Toby brincando na rua e ainda com as mesmas roupas no longa.


- Outros personagens que aparecem além de Robin Hood são Cirilo Anca-Feliz, Angus e duas doninhas de As Aventuras de Ichabod e Sr. Sapo (1949), Tico e Teco, Huguinho, Zezinho e Luizinho, personagens de Sinfonias Ingênuas (os três porquinhos, o Lobo Mau, a Tartaruga e a Lebre), Tio Waldo (o ganso bêbado) de Aristogatas (1970) e de Se Minha Cama Voasse (1971) (apenas o Pássaro Secretário).
Pássaro Secretário dançando com Clara de Ovos de Robin Hood.
  - Antes do lançamento de O Conto de Natal do Mickey, no início da década de 1980, a Disney estava produzindo um curta para o Mickey que estrelaria uma adaptação do Rouxinol e o Imperador da China, de Hans Christian Andersen, segmento para o longa-metragem Musicana, que foi a primeira tentativa de continuação para o longa Fantasia (1940) após a morte de Walt Disney. Um dos motivos de seu cancelamento foi por restrições orçamentárias em favor do curta e de O Caldeirão Mágico (1985), que na época estava previsto para ser lançado em 1984.
É o último filme do estúdio com John Lasseter envolvido antes de sua demissão naquele ano, sendo que estava na produção de Musicana também.

- O visual do Tio Patinhas jovem neste curta foi baseado no de seu sobrinho no curta Louco por Margarida (1950).

- Pluto originalmente estaria no curta-metragem como um cachorro do Pequeno Timmy, suas cenas até estavam no storyboard original do filme, mas ele foi removido da versão final por razões desconhecidas, podendo assim notar a ausência do cão no pequeno filme.

Também marcou a primeira vez que aparecem as sobrinhas da Minnie, Millie e Melody (que aparece apenas uma delas e não se sabe qual das duas está no curta, pois não é chamada pelo nome). Elas mais tarde aparecem em um spin-off da série infantil A Casa do Mickey Mouse (2006–presente), que é estrelada pela namorada do ratinho chamada Minnie Toons, que foi transmitida em 2011.

Conclusão

É um dos curtas mais conhecidos de Natal do camundongo da Disney.
Ele sempre será lembrado por nós sempre em época de Natal.
É um curta ideal para ser assistido nesta época.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Fantasia 2000

Fantasia 2000 é o longa-metragem que começou com o novo período da Disney chamado Era Pós-Renascentista que foi um período em que o estúdio começou a passar por uma séria e angustiosa crise que durou em toda a década de 2000, terminando no final daquela década com A Princesa e o Sapo e oficialmente no início da década de 2010 com o sucesso de Enrolados (2010).
Como o seu título sugere, Fantasia 2000 foi lançado com a intenção de comemorar a virada do século 20 para o século 21, sendo lançado originalmente em 1999, no Ano Novo e oficialmente em junho de 2000.
Fantasia 2000 também é o trigésimo-oitavo longa da Walt Disney Animation Studios (anteriormente Walt Disney Feature Animation Studios), sendo portanto um clássico Disney.
Fantasia 2000 também é a continuação de Fantasia (1940), sendo então a única continuação desse longa até agora realizada, uma vez que o longa teve inúmeras tentativas de ser continuado, desde o seu lançamento original.
O longa foi produzido por Roy E. Disney, o sobrinho de Walt Disney que sonhou em fazer uma continuação, como seu tio sempre sonhou.
Fantasia 2000 é uma das poucas continuações que fazem parte do rol dos Clássicos da Disney, ao lado de Você Já Foi à Bahia (1944), Bernardo e Bianca na Terra dos Cangurus (1990) e Winnie the Pooh (2011).


História e Produção de Fantasia 2000

A história começa em 1940, após o lançamento de Fantasia, quando Walt decidiu continuar o longa, e que quando ele fosse re-lançado teria novos segmentos.
Dentre os segmentos planejados e datados no livro Future Fantasias estavam a ópera Carmen, O Cisne de Tuonela, O Voo do Besouro, O Balé dos Bebês, O Convite para a Valsa (que teria participação dos pégasos do segmento Sinfonia Pastoral, do longa original) e A Cavalgada das Valquírias.
A ideia foi cancelada, pois Fantasia não foi um sucesso de bilheteria e estava em época de Segunda Guerra Mundial e que não tinham mais tempo ou interesse no projeto.
Todas as ideias então foram engavetadas.
Algumas décadas depois, na década de 1970, Roy E. Disney planejou uma continuação para o longa de 1940, mas isso foi deixado de lado, pois no final da década, Wolfgang Reitherman (diretor de animação do segmento A Sagração da Primavera e diretor de muitos filmes da década de 1960 e 70 como Mogli, o Menino Lobo (1967) e Aristogatas (1970)) e Mel Shaw (artista que fez os cenários de Bambi (1942) e as cenas iniciais de Bernardo e Bianca (1977)) estavam produzindo uma sequela para a película chamada Musicana.
O longa teria como característica que cada segmento fosse uma música referente a um país. O longa chegou a ser desenvolvido, a ter os países escolhidos, e a ser montado em storyboards, e estava até pronto para ser produzido e animado.
Porém Musicana infelizmente foi cancelado em 1983. (Para mais informações sobre Musicana, clique aqui)

 Em 1984, um ano após o cancelamento de Musicana, Roy viu a oportunidade de fazer a sua continuação, mas não reaproveitou nada do projeto cancelado, acreditando que não era uma continuação de Fantasia, sentindo que o longa precisa de uma "verdadeira continuação". Com isso, ele começou o projeto do zero.
Porém isso só começou a ser produzido em 1990. Entre 1991 e 1992 foi desenvolvido o segmento Os Pinheiros de Roma, que foi dentre os primeiros segmentos produzidos do projeto.
O filme tinha previsão para ser lançado em 1997, porém em 1996, o longa foi se atrasando, quando foi decidido por mais novos segmentos, deletando assim, os segmentos que fizeram parte do filme original como A Dança das Horas e Clair de Lune, que originalmente faria parte da película original de 1940 e que sua animação foi aproveitada em Música, Maestro (1946), no segmento Blue Bayou.
O segmento de Clair de Lune então foi lançado independentemente naquele ano, e a película continuou na produção.
O segmento da Suíte Quebra-Nozes foi substituído pela Rapsódia em Azul, o seu lançamento foi então adiado para 1999.  
 O projeto até então era chamado de Fantasia Continued, mas foi sendo renomeado para Fantasia 1999 (ou Fantasia '99), até o estúdio então resolver chamá-lo de Fantasia 2000 e foi decidido que ele foi lançado como uma forma de comemorar a virada do século XX para o século XXI.
Imagem com o título de Fantasia '99
Com essa decisão, Fantasia 2000 foi preliminarmente lançado em dezembro de 1999, recebendo críticas bem sucedidas, ao contrário de seu precursor que não foi um sucesso de bilheteria e que foi sendo um sucesso no decorrer de seus re-lançamentos nos anos 60. Porém o seu sucesso foi um pouco inferior em relação a Tarzan, que foi lançado em junho daquele ano e principalmente O Rei Leão (1994).
Embora isso, o longa mesmo assim foi lançado no primeiro dia de janeiro de 2000 em IMAX, comemorando a vinda do século XXI, o começo de um novo milênio e o início da década de 2000.
O longa depois foi lançado oficialmente em junho de 2000, tendo o mesmo ritmo tido nos lançamentos anteriores.
Após o seu lançamento, o estúdio passou a ter uma grande crise na animação tradicional, começando a Era Pós-Renascentista, o período que marcou a queda da animação feita a mão, após a Era Renascentista da Disney que durou desde o final da década de 1980, com A Pequena Sereia até 1999 com Tarzan.
O período da Era Pós-Renascentista terminou de vez em 2009, com lançamento de A Princesa e o Sapo.

Sinopse

Assim como seu precursor, Fantasia 2000 consiste em oito seguintes segmentos:

Sinfonia 5 em Dó Menor
Ao som da conhecida música de Beethoven, esse segmento segue no ritmo de Tocata e Fuga em Ré Menor do filme original, em que segue cenas abstratas e surreais de figuras geométricas como triângulos coloridos voando.

Pinheiros de Roma
Embora que a música de Ottorini Respighi contasse a história dos pinheiros-mansos (Pinus pinea) que nasceram nas ruínas do Império Romano, esse segmento conta história de uma família de baleias jubartes imaginando que são capazes de voar devido a uma supernova (corpos celestes que surgem após explosões de estrelas com mais 10 massas solares) que acontece em uma área polar.
Em um certo momento do segmento, um filhote se perde de seus pais, que fica preso em um iceberg e que com a ajuda de sua mãe, ele consegue voltar a ela e ao seu pai.
Esse segmento marcou como o primeiro filme animado a ter personagens animados por meio de influência digital.

Rapsódia em Azul

Esse segmento musicado pela composição de George Gershwin, se passa em Nova Iorque na década de 1930 ao estilo do cartunista Al Hirschfeld, e conta a história de quatro personagens distintos e que querem seguir as suas expectativas.
O segmento todo é seguido em diversas tonalidades de azul, sendo uma brincadeira ao estilo blue.
Em uma parte do segmento pode ser vista uma caricatura do compositor da música original tocando piano.
Este segmento substituiu a sequência do Quebra-Nozes, originalmente do filme de 1940 em 1997.

O Soldadinho de Chumbo 

Ao som do trecho da composição Concerto de Piano Número 2 em Fá Maior de Dmitri Shostakovich, esse segmento, como o nome do título diz, é uma adaptação do conto de mesmo nome de Hans Christian Andersen.
Este é o segmento completamente animado em 3D e a arte e o design dos personagens foram aproveitados da arte de Bianca Majolie (que trabalhara no primeiro filme de Fantasia) para a sequência do conto para o projeto cancelado na década de 1940 de uma antologia de histórias de Andersen.

O Carnaval dos Animais

Esse segmento que utiliza um trecho da música de Camille Saint-Saëns, conta histórias de um bando de flamingos que tenta forçar um flamingo diferente que gosta de dançar com o seu ioiô a dançar como eles. Mas isso acaba não dando certo!

O Aprendiz de Feiticeiro
Versão remasterizada do segmento original de Fantasia, que foi baseado no poema de mesmo nome de Goethe e acompanhado com a composição também homônima que foi baseado igualmente no conto.

Pompa e Circunstância

Esse segmento é uma versão do evento bíblico da Arca de Noé onde Pato Donald é um servo de Noé.
No segmento, Donald pensa que sua namorada Margarida havia morrido, acontecendo com a mesma pensando sobre seu eterno namorado.
Os dois só encontram no final do segmento quando Donald achou na sujeira, o pingente de Margarida.

Suíte do Pássaro de Fogo

Baseado vagamente no conto russo de mesmo nome e na composição a qual também foi baseada de Igor Stravinski, conta a história de uma jovem espírito da primavera que se assemelha a uma dríade (ninfa das árvores) foi despertada por uma rena e acaba se encontrando face a face com o temível Pássaro de Fogo que estava adormecido em um vulcão.
A sequência tem como mensagem, vida, morte e ressurreição.

Elenco

O segmento dos Pinheiros de Roma foi introduzido por Steven Martin e pelo condutor e violinista Itzhak Perlman.

Quincy Jones, juntamente com o pianista Ralph Grierson introduziu o segmento de Rapsódia em Azul.

A introdução do segmento do Soldadinho de Chumbo foi feita pela atriz, cantora e comediante Bette Midler, acompanhada do pianista israelense-americano nascido na Rússia, Yefim Bronfman.

James Earl Jones, junto com o próprio animador Eric Goldberg apresentaram a sequência do Carnaval dos Animais.

A dupla de ilusionistas e comediantes Penn & Teller fizeram a apresentação do segmento do Aprendiz de Feiticeiro.

A sequência Pompa e Circunstância foi apresentada pelo próprio James Levine, interagindo com Mickey e Donald, sendo o único momento do filme onde há interação de animação com live-action.

Angela Lansbury introduziu o último segmento do longa, O Pássaro de Fogo.


Continuação

   Em 2002, a Disney havia começado a produzir um novo Fantasia chamado Fantasia 2006.
Como o seu nome sugere, ele teria lançado em 2006. Foram produzidos quatro de seus segmentos, mas o projeto acabou sendo cancelado em 2004, provavelmente pelo fracasso de Nem que a Vaca Tussa (2004) e pelo fato da crise da animação tradicional naquela década. Como resultado, seus segmentos acabaram por serem lançados independentemente, na sua grande maioria em festivais de animação.
Os quatro segmentos são Destino (2003), Um por Um (2004), Lorenzo (2004) e A Pequena Vendedora de Fósforos (2006).

Curiosidades 


- O Soldadinho de Chumbo no conto original derrete na lareira junto com a Bailarina formando um coração. Isso foi alterado, pois ficaria evidente que o final não acompanharia com a composição escolhida para o segmento.
É o terceiro conto de Andersen adaptado pela Disney, sendo os primeiros O Patinho Feio (1931 e 1939) e A Pequena Sereia (1989) e seguido pela Pequena Vendedora dos Fósforos (2005) e Frozen – Uma Aventura Congelante (2013).

- A animação do Pássaro de Fogo foi baseada na erupção de Mount St. Helens em 1980.

- Diversos personagens animais dos longas-metragens da Disney como Coronel Hathi, Marahute, os pinguins garçons, Mufasa, Sarabi e Kerchark aparecem como os animais que entram na Arca de Noé no segmento de Pompa e Circunstância.

- O segmento da Suíte Quebra-Nozes havia sido deletado da versão final do filme, mas algumas cenas do segmento podem ser vistas no trailer original do longa. E além disso, o estúdio chegou a ter gravado uma introdução a sequência, que seria feita pelo músico franco-americano de descendência chinesa, Yo-Yo Ma.

- Outro segmento também retirado da versão final foi A Dança das Horas, também do filme original.
Em uma cena do filme, pode ser visto o jacaré Ben Ali-Gator.


- Clair de Lune também estava para originalmente aparecer no filme, mas ele foi removido em 1996 e foi lançado como um curta-metragem naquele ano.

-  É o primeiro filme da Disney a ser lançado em IMAX.

- Apesar de não ter sido mencionado no filme, os personagens de Rapsódia em Azul têm nomes.
O nome do trabalhador de construção é Duke, o da menina é Rachel, o do homem desempregado é Joe e do ruivo de óculos é John e de sua esposa se chama Killjoy Margaret.

- O flamingo que usa ioiô tem uma forte semelhança com um flamingo que aparece em Alice no País das Maravilhas (1951).

- A história do Pássaro de Fogo contada no balé é bem diferente da adaptação mostrada. Na versão original da composição, o "pássaro de fogo" era uma bela harpia (metade mulher, metade ave) que é capturada pelo príncipe Ivan, com quem acaba se apaixonando e o ajuda a derrotar Kaschei, o Imortal.
Na versão do filme, é uma história sobre vida, morte e ressurreição, ao invés de ser uma história romântica como na suíte de Stravinski.

- O final do segmento do Pássaro de Fogo seria com a Ninfa se transformando em um pôr-do-sol.

- Não há nenhum dragão ou alguma figura lendária na Arca de Noé em Gênesis 7, provavelmente as pessoas foram substituídas pelas criaturas para evitar cenas muito fortes.

- Pompa e Circunstância é a terceira versão da Disney da história do Dilúvio. Sua primeira versão foi uma Sinfonia Ingênua lançada em 1933 e a segunda foi um curta em stop-motion lançada em 1959.

-  O visual do personagem John é uma caricatura do então falecido John Culhane.

- Quando Eric Goldberg havia feito o segmento de Rapsódia em Azul, ele o apresentou para Al Hirschfeld antes de seu aniversário de 96 anos, a esposa de Hirschfeld disse que era o melhor presente de toda a sua vida.

- A composição que Stravinsky mais queria que a Disney usasse só se realizou após a sua morte, que na época de lançamento de Fantasia, ele era o único compositor vivo e que havia sugerido a Walt Disney que usasse a composição do Pássaro de Fogo.

- O segmento de Pompa e Circunstância seria originalmente sobre cada personagem da Disney a partir dos últimos 60 anos e que mostraria os príncipes dos filmes anteriores segurando diplomas, enquanto as princesas seguravam bebês. O estúdio até havia convidado os Nove Anciãos que estavam vivos na época para animar os seus personagens originais. Mas a ideia foi logo descartada assim que apresentaram.

Conclusão


Embora que Fantasia 2000 não tenha o mesmo brilho que o seu precursor, ele não deixa de ser um ótimo filme.
E ele será a prova de que é possível sim continuar Fantasia e que é a prova de que o longa é eterno, e passará por várias gerações!