quinta-feira, 4 de julho de 2019

Um Destino que uniu dois grandes artistas

Galera, eu fiquei um ano sem acessar o blog por conta de problemas pessoais dentre as quais incluem a faculdade que eu estou cursando desde o ano retrasado e que já estou nos últimos períodos de graduação, por isso a minha ausência... Neste período de recesso, tentarei o possível dar retorno aos posts deste blog.

O assunto de hoje é sobre Destino, como diz o título deste post, o curta cujo destino foi unir dois grandes artistas chamados Walt Disney e Salvador Dalí em um só filme!
Concluído em 2002, Destino foi lançado originalmente em junho de 2003 no Festival Internacional de Animação de Annecy na França e oficialmente em dezembro do mesmo ano. 

A película em si foi baseada na canção mexicana de mesmo nome do compositor Armando Dominguez e cantada por Dora Luz.

O curta-metragem é a união da arte de animação de Walt Disney com o surrealismo artístico-poético de Salvador Dalí. 


História e produção de Destino
Embora que seja um pequeno filme, Destino teve uma história muito mais comprida do que a sua duração por si só.
Tudo começou nos anos 40, Walt teria se encontrado com o artista surrealista catalão Salvador Dalí, que já havia trabalhado no cinema notavelmente no filme hitchcokiano Quando fala o Coração (1945).
Entre o final de 1945 e o início de 1946, o artista do estúdio John Hench e Dalí haviam feito o storyboard do planejado filme. Walt então envolveu-se pessoalmente na produção, participando das reuniões de Hench e o pintor catalão que trataram o desenvolvimento do projeto. 
Algumas das ideias planejadas foram incorporadas no storyboard, com pretensões de ser um dos segmentos para o longa Música, Maestro (1946).
 A produção do projeto durou por cerca de oito meses, mas não demorou muito ser cancelado, por problemas financeiros tidos na casa do Mickey provocadas pela Segunda Guerra Mundial (1939–45).
Hench então produziu um teste de animação que durava 17 minutos, na esperança de restaurar o interesse de Walt no projeto, mas o último já estava decidido que a película não é mais financeiramente viável, acabando de vez com o projeto.

 Décadas após o cancelamento de Destino; em 1999, durante a produção final de Fantasia 2000 (1999), o sobrinho de Walt Disney, Roy E. Disney descobriu o projeto e resolveu ressuscitá-lo.
A produção do curta foi levada ao estúdio parisiano da Disney, Walt Disney Studios Paris, onde foi feita por Baker Bloodworth e dirigida por Dominique Monféry, sendo a sua primeira vez na direção de um filme animado.
Com a ajuda de uma equipe de aproximadamente 25 animadores que decifraram os storyboards criptografados por Dalí e Hench com uma pequena ajuda dos diários escritos por Gala Dalí, esposa de Salvador, e a orientação do próprio Hench (que faleceu um ano após o lançamento do filme), a película foi finalmente concluída, sendo animada tradicionalmente (inclusive as cenas originais animadas por Hench) e ocasionalmente uso de animação digital.

Com a conclusão feita em 2002, Destino foi finalmente lançado em junho de 2003 no Festival Internacional de Animação de Annecy, que foi muito bem recebido, levando até uma indicação ao Oscar de melhor curta-metragem, porém perdendo apenas para Harvie Krumpet.


O curta seria também um segmento para o longa Fantasia 2006, que seria uma continuação para Fantasia 2000, mas infelizmente a proposta para um terceiro filme para Fantasia foi cancelado um ano após o lançamento de Destino, e que assim como este curta, alguns dos segmentos que estavam originalmente planejados no longa foram lançados separadamente em DVD's ou em Festivais de Animação.

Sinopse
 A narrativa se trata de uma complicada paixão entre o deus do tempo Cronos e Dahlia, uma jovem mortal. A trama decorre com a moça dançando por cenários surreais inspirados nas pinturas de Dalí. 
O filme não possui diálogos, sendo seguido somente pela canção de Dominguez e pela voz de Dora Luz.

Curiosidade

Dora Luz, a cantora da canção, já participou pessoalmente na Disney no longa Você Já Foi à Bahia (1944) cantando a versão inglesa da canção Solamente Una Vez (You Belong to my Heart, em inglês), personificando a paisagem mexicana.

Conclusão

Destino é um curta-metragem que vale a pena assistir. 
Ele é recomendado principalmente pra quem gosta de arte, pra quem ama e vive de arte.
É um dos mais artísticos filmes já feitos do estúdio da Disney desde Fantasia. 
A história da produção dele mostra que o "Destino" dele não foi abandonado. Muito pelo contrário, ele teve um destino feliz, de ser exibido ao público para que seja apreciado pelos apaixonados e apreciadores da arte moderna. 
 Esta é a conclusão que pode-se ter a respeito desta maravilhosa película! 

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