terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Como é Bom se Divertir

O post de hoje é sobre mais um clássico perdido no tempo. Trata-se de Como é Bom se Divertir (Fun and Fancy Free, no original), um clássico genérico dos anos 40, e que junto com Tempo de Melodia, foi um clássico perdido no tempo.
     Lançado originalmente em setembro de 1947, Como é Bom se Divertir (antes era chamado de Alegre e Folgazão, no Brasil) é o nono clássico da Walt Disney Animation Studios, empresa da Disney nascida desde 1928 até os dias de hoje.
Esse clássico é até então mais lembrado do que Música, Maestro, lançado um ano antes.
Assim como Fantasia (1940) e os demais clássicos da Disney da década de 1940, Como é Bom se Divertir é um clássico que, também ao contrário dos dois longas, possui dois segmentos apenas.
É um dos poucos clássicos dos anos 40, que até então é mais memorável do que Fantasia ou Música, Maestro, perdendo apenas para Tempo de Melodia e As Aventuras de Ichabod e Sr. Sapo.

Sobre Como é Bom se Divertir
Como é Bom se Divertir, assim como os demais clássicos dos anos 40, com exceção de Pinóquio, Dumbo e Bambi, é um filme-pacote, ou seja, é um filme que possui segmentos. Ao contrário de Música, Maestro e Fantasia que possuem no máximo dez segmentos, Como é Bom se Divertir possui apenas dois segmentos, sendo que possui cenas em live-action, assim como em Fantasia.


Produção de Como é Bom se Divertir

Como é Bom se Divertir não foi planejado para ser um longa. Os segmentos foram planejados para serem lançados independentemente. 

O segmento Mickey e o Pé de Feijão foi idealizado juntamente com O Aprendiz de Feiticeiro, como um dos curta-metragens planejados em trazer o sucesso do camundongo mais famoso de volta na década de 1930.
Pelo fato de ter tido dificuldades financeiras causadas pela Segunda Grande Guerra, o estúdio acabou decidindo converter o curta como um segmento, unindo ao também produzido originalmente como um filme independente Bongo, que originalmente seria maior na duração, mas que acabou sendo reduzido para poder ter o formato de um segmento.

Como é Bom se Divertir marca a última participação de Walt Disney na dublagem de Mickey Mouse.

Sinopse

Como é Bom se Divertir como dito acima, possui dois segmentos, sendo que entre os dois segmentos aparecem cenas em live-action com participações de Luana Patten, Edgar Bergen e do Grilo Falante (do longa Pinóquio).

Os segmentos são os seguintes:

Bongo
O primeiro segmento, narrado por Dinah Shore, conta a história de Bongo, um urso que fugiu do circo para a vida selvagem, mas que mostrou uma grande dificuldade em adaptar-se na vida selvagem. Na floresta, ele conhece Lulubelle, uma bela ursa selvagem com quem tem uma paixão correspondida.

Mickey e o Pé de Feijão
Este segmento, talvez seja o curta-metragem do Mickey mais conhecido, depois de O Aprendiz de Feiticeiro em Fantasia.
É uma adaptação livre do conto inglês João e o Pé de Feijão, estrelado por Mickey, Donald e Pateta.
O segmento mostra os nossos heróis sofrendo a escassez, após o rapto da Harpa Mágica que habitava no castelo localizado num reino chamado "Vale Feliz" (Happy Valley), pelo gigante Willie. Após Mickey vender a vaca que tinham, ganhou apenas feijões mágicos que Donald rejeitou jogando os abaixo do pavimento da casa onde moram. E então o pé de feijão cresce dentro da casa deles, o que os leva a uma grande aventura e descobrirem o paradeiro da Harpa Mágica.

O longa acaba quando o Gigante Willie aparece procurando Mickey Mouse, fazendo Edgar Bergen desmaiar.


Elenco 
Elenco Original

Cliff Edwards fez a voz do Grilo Falante, assim como dublara em Pinóquio. Cliff dublou também um dos corvos em Dumbo (1941).

Dinah Shore narrou o segmento Bongo. É o segundo filme em que Shore trabalha na Disney, sendo o primeiro em Música, Maestro (1946), cantando o segmento Two Silhouetes.

Luana Patten faz uma participação especial no longa, sem o Bobby Driscoll. Já que é uma participação especial, Luana faz o papel dela mesma.

Edgar Bergen também faz uma participação especial, junto com seus fantoches ventríloquos Mortimer Snerd e Charlie McCarthy.

Walt Disney dublou o Mickey no segmento Mickey e o Pé de Feijão. É o último filme da Disney em que Walt esteve na dublagem de Mickey Mouse, pois até então Mickey foi dublado também por James "Jimmy" McDonald no filme.

   Clarence Nash, é claro, que dublou o Pato Donald. Clarence esteve dublando Donald até o curta O Conto de Natal do Mickey (1983).

Pinto Colvig, também é claro, dublou Pateta. Colvig dublou os anões Zangado e Soneca em Branca de Neve e os Sete Anões (1937).

Billy Gilbert, na voz do gigante Willie. Billy dublou também o anão Atchim em Branca de Neve e os Sete Anões, devido ao seu humor de espirro.

Anita Gordon foi quem emprestou a sua voz a Harpa Mágica. É o único papel de Anita na Disney. Candy Candido, seu marido, que não foi creditado no filme, "dublou" o urso Lumpjaw fazendo os grunhidos e rugidos do urso.

Elenco Brasileiro

A dublagem brasileira de Como é Bom se Divertir que é usada atualmente, é a dublagem dos anos 90, pois as dublagens anteriores dos anos 40 e 60 estão inutilizadas atualmente. Outro longa que teve o mesmo caso foi Dumbo.
A dublagem dos anos 90 é a seguinte:

Mickey Mouse - Luís Manuel

Grilo Falante - Carlos Marques (falando) e Pedro Lopes (cantando)

Pato Donald - Cláudio Galvan 

Pateta - Anderson Coutinho

Harpa Mágica - Marya Bravo (falando) e Andréa Murucci (cantando)

Gigante Willie - Paulo Flores (falando) e Maurício Luz (cantando)

Luana Patten - Ana Lúcia Menezes

Edgar Bergen - Jomery Pozzoli

Charlie McCarthy (renomeado para Carlito, na dublagem) - Manolo Rey   

Mortimer Snerd - Waldir Fiori

Dinah Shore - Andréa Murucci (falando) e Márcia Coutinho (cantando)

Curiosidades
- Anteriormente no Brasil, Como é Bom se Divertir era chamado de Alegre e Folgazão, o título foi alterado provavelmente pela dublagem do filme. 
O nome do filme em Portugal é A Batalha dos Gigantes.

- É o último filme com a participação de Walt Disney que dublava o Mickey Mouse desde 1929.

- Assim como Tempo de Melodia, Como é Bom se Divertir já passou diversas vezes na TV aberta, no canal SBT, no programa Sábado Animado. Hoje o clássico não passa mais na TV aberta.

- Poucos sabem, mas Como é Bom se Divertir tem uma edição de Blu-Ray. Foi lançado junto com o Blu-Ray de As Aventuras de Ichabod e Sr. Sapo (1949).
Os clássicos possuem apenas a Edição Especial, ao contrário de muitos clássicos que possuem Edições Diamante como Fantasia e Dumbo (1941).

              - Ainda sobre o lançamento separado dos segmentos, o segmento Mickey e o Pé de Feijão foi relançado separadamente na década de 1960. As cenas de Luana Patten e Edgar Bergen foram substituídas pelos personagens Professor Ludovico von Pato (tio cientista de Donald) e Herman, um besourinho.

- A canção I'm a Happy-Go-Lucky Fellow cantada pelo Grilo Falante foi escrita originalmente para o início do filme Pinóquio, porém a música foi deletada da versão final do filme e foi substituída por When You Wish Upon a Star.

- O Grilo Falante e o gigante Willie aparecem em cenas em live-action, foram usadas com a ajuda de efeitos especiais, utilizados em A Canção do Sul (1946). 

     - É o único filme da Disney a ter Mickey Mouse, Pato Donald, Pateta e Grilo Falante como personagens principais.

- Em uma cena cortada do segmento Mickey e o Pé de Feijão, mostraria João Honesto e Gideão (a raposa e o gato de Pinóquio) vendendo os feijões para Mickey, enganando o camundongo que são mágicos.

- No filme Encantada (2007), na cena em que Natanael estava assistindo televisão, pode ser vista uma cena de Como é Bom se Divertir na televisão.

- É a única adaptação da Disney de João e o Pé de Feijão. A segunda adaptação seria o clássico Gigantic.
O clássico estava marcado para ser lançado em 2020, mas foi cancelado em outubro deste ano. 

- É o quinto filme dirigido por Hamilton Luske. Os filmes que Hamilton dirigiu antes foram Pinóquio (1940), Fantasia, O Dragão Relutante (1941), Você Já foi à Bahia (1944) e Música, Maestro (1946). Os filmes que Hamilton dirigiu depois de Como é Bom se Divertir foram Tempo de Melodia (1948), Tão Perto do Coração (1948), Cinderela (1950), Alice no País das Maravilhas (1951), Peter Pan (1952), A Dama e o Vagabundo (1955), Donald no País da Matemágica (1959), 101 Dálmatas (1961) e Mary Poppins (1964).

- É o terceiro filme dirigido por Jack Kinney. Os filmes que Kinney dirigiu antes foram Você Já Foi à Bahia e Música, Maestro. Os filmes que Kinney dirigiu depois de Como é Bom se Divertir foram As Aventuras de Ichabod e Sr. Sapo e Peter Pan.
Kinney já dirigira muitos curtas da Disney principalmente os curtas do Mickey e do Pato Donald.   

Conclusão
Como é Bom se Divertir é um clássico divertido, simples, e que garante risadas com Edgar Bergen e com Grilo Falante.
É um dos poucos clássicos da Disney, além de Fantasia e Você Já Foi a Bahia, que possuem cenas em live-action, mas ainda assim é um clássico da Disney.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Pinóquio (Disney, 1940)

O post de hoje, em continuação de Alice no País das Maravilhas, será sobre o grande e segundo clássico da Disney. Trata-se de Pinóquio, o filme da Disney mais realizado e representante da Walt Disney Feature Animation Studios, ou melhor, Clássicos Disney.
Lançado originalmente em fevereiro de 1940, Pinóquio é o segundo clássico do catálogo de filmes da Disney Feature Animation Studios, como dito acima, lançado em plena época de Segunda Guerra Mundial.
O filme foi baseado levemente no livro de mesmo nome, de Carlo Collodi, de 1883.
O lançamento de Pinóquio era como resposta do sucesso de Branca de Neve e os Sete Anões, tendo a possibilidade de fazer um desenho de longa duração tal como o clássico de 1937.
Foi o primeiro filme a ter produção menos demorada que Branca de Neve e os Sete Anões e primeiro mais caro da história da Disney, sendo o segundo A Bela Adormecida.

   Ao contrário de Peter Pan e Alice no País das Maravilhas, Pinóquio não foi engavetado, como os dois últimos que foram engavetados depois devido a segunda Grande Guerra (19391945), época em que o primeiro foi lançado.


Produção de Pinóquio

A história de Pinóquio começou em 1934, começando a produção de Branca de Neve e os Sete Anões, Walt Disney estava procurando pelos direitos do livro As Aventuras de Pinóquio, de Collodi, assim como Branca de Neve, Walt estava tendo a intenção de fazer um longa-metragem, mas a ideia demorou muito porque o diretor italiano Romolo Bacchini já tinha os direitos em 1934, e que tinha a ideia de fazer um longa-metragem baseado na obra de Collodi, porém o projeto acabou sendo cancelado em 1936.
Então um ano depois do cancelamento do projeto italiano, os direitos foram entregues a Walt Disney em 1937 e com o sucesso de Branca de Neve e os Sete Anões, o plano de Walt Disney a fazer um longa-metragem baseado em As Aventuras de Pinóquio voltou. 
Cena proposta para o filme As Aventuras de Pinóquio (Le Avventure di Pinocchio), cancelado em 1936.
  Pinóquio originalmente seria bem mais próximo do livro de Collodi, o que não agradou Walt Disney e sugeriu que fizesse uma adaptação mais leve e menos sombria do que a história do livro original.
Pinóquio não seria o segundo filme da Disney, originalmente Bambi seria o segundo clássico, pois a adaptação da história começou em 1937 antes de Pinóquio. Acreditando que seria fácil fazer os personagens, Walt Disney queria que Bambi fosse concluído primeiro; mas isso acabou que a produção de Pinóquio estava mais pronto para ser lançado do que Bambi, em dezembro daquele ano.

Acredita-se que Walt Disney mostrou menos entusiasmo nas reuniões de história de Pinóquio do que nas de Branca de Neve e os Sete Anões; ansioso para aumentar a potência de seu estúdio - que ele pretendia neste momento liberar, além de pequenos desenhos animados, dois ou mais longas ao ano - ele parecia ansioso para seguir para o estágio de animação, o mais rapidamente possível.
A animação de Pinóquio começou em 1938 e os designs dos personagens foram concluídos em 1939. Um problema enfrentado durante a produção foi que os personagens de Pinóquio não tinham o mesmo charme e carisma dos personagens de Branca de Neve e os Sete Anões, e que Pinóquio não era forte o bastante para carregar a história. Depois de seis meses, Disney resolveu parar a produção para resolver o problema, pois ele percebeu que novos elementos tinham que ser adicionados. Então resolveram por mais participação ao Grilo Falante, para poder dar suporte ao personagem-título.

  Então o clássico foi lançado em 7 fevereiro de 1940, fazendo um grande sucesso apenas nos Estados Unidos, lembrando que o clássico foi lançado em plena época de Guerra, sendo não muito prestigiado na Europa.
No Brasil, o clássico de 1940 foi lançado em 1941.
O orçamento de Pinóquio foi tão alto que a Disney acabou perdendo dinheiro no lançamento, a Disney só conseguiu recuperar o dinheiro durantes os relançamentos que foram em 1945, 1954, 1962, 1978 (que foi lançado junto com a estreia do curta Um Milagre de Natal ((The Small One), foto abaixo), 1984 e 1992. 
Cena do curta Um Milagre de Natal, lançado junto com o re-lançamento de Pinóquio em 1978.
Pinóquio foi o filme que Walt Disney mais participou nos aspectos da produção do filme, principalmente na história.

Sinopse
Gepeto, um carpinteiro cria uma marionete que a nomeou de Pinóquio, e que sonha essa que marionete ganhasse vida, para que pudesse acompanhá-lo e que tratasse como filho.
O seu desejo se realiza quando a Fada Azul (uma entidade divina vinda da Estrela dos Desejos (Wishing Star, no original)) dá a vida a Pinóquio e diz a ele que se ele provar que ele é corajoso, sincero nas palavras e fosse altruísta nas ações, seria um "menino de verdade", porém com a interferência do Grilo Falante, este acabou tendo a responsabilidade de orientá-lo e "conscientizá-lo".
Descobrindo que sua marionete ganhou vida, Gepeto ficou contente e colocou ele na escola, mas que o boneco de madeira acabou se metendo numa encrenca atrás de outra até descobrir que Gepeto foi engolido por uma baleia chamada Monstro (Dona Monstra, no Brasil) e que a partir daí, ele passa uma aventura para resgatá-lo.

Elenco
Elenco Original
Dickie Jones, novinho, foi quem deu a voz do menino de madeira. Jones dublou também Alexandre, um menino que foi transformado em um burro. Foi o único trabalho de Jones na Disney. 
Dickie faleceu em julho de 2014.


Cliff com o seu personagem
Cliff Edwards dublou o Grilo Falante. Cliff dublou o Grilo outra vez em Como é Bom se Divertir, em 1947. Cliff também dublou um dos corvos em Dumbo.
Cliff faleceu em 1971.


Christian Rub na voz de Gepeto. Rub também serviu de inspiração no visual do carpinteiro.
Rub faleceu em 1956.


Evelyn Venable, sem dificuldade nenhuma, deu a voz a bela e doce Fada Azul. Evelyn era uma atriz muito conhecida nas décadas de 1930 e 1940 e foi o único papel da atriz na Disney.
Evelyn faleceu em 1993.

O vilão Stromboli foi dublado por ninguém nada menos que o ator neerlando-americano Charles Judels. Judels dublou também o temível e diabólico Cocheiro. Foi também o único papel que Judels esteve na Disney.
Judels faleceu em 1969.

Espoleto, o menino mal-criado foi dublado por Frankie Darro.

Walter Catlett no papel de João Honesto.


Mel Blanc fez os gestos e soluços de Gideão e os miados de Figaro. Mel Blanc já dublara o anão Dunga durante a década de 1940, e dublou também diversos mudos e animais da Disney.

Thurl Ravenscroft foi quem providenciou os sons da baleia Monstro. É o primeiro papel de Thurl na Disney. Thurl, mais tarde seria conhecido por fazer a voz do Tigre Tony nas propagandas dos cereais Sucrilhos Kellogg's desde os anos 50, além de fazer participações especiais em canções da Disney, e dublar alguns personagens da Disney como Capitão (cavalo do 101 Dálmatas) e Sir Bart em A Espada Era a Lei (1963).
Thurl faleceu em 2005.


Dublagem Brasileira

No Brasil, Pinóquio teve duas dublagens: uma de 1941, outra de 1965. A dublagem de 1941, tendo sido desusada atualmente e a única dublagem brasileira que está sendo usada atualmente é a dublagem de 1965. O mesmo aconteceu com Branca de Neve e os Sete Anões que teve mais de duas dublagens.

Dublagem de 1941
 Pinóquio - Maurício Sherman 
Grilo Falante - Aristóteles Pena
Gepeto - Batista Júnior
Fada Azul - Dalva de Oliveira
Espuleta - Mauro Mendonça
João Honesto - Edmundo Maia
Stromboli - Almirante
Cocheiro - Túlio de Lemos


Dublagem de 1965
Pinóquio - Carlos Alberto Mello (falando) e Selma Lopes (cantando)
Grilo Falante - Ênio Santos
Gepeto - Joaquim "Luiz" Motta
Fada Azul - Selma Lopes
Espuleta - Milton Rangel Filho
João Honesto - Magalhães Graça
Stromboli - Castro Gonzaga
Cocheiro - Orlando Drummond

Continuação

Pinóquio, assim como Branca de Neve e os Sete Anões e Alice no País das Maravilhas, nunca teve continuação. 
Mas houve uma tentativa de continuar o clássico na década de 2000, pela DisneyToon Studios.
A trama da continuação era que Pinóquio era tratado de forma diferente pelas crianças e que o levaria a questionar-se de porque a vida é injusta às vezes.
A produção de Pinóquio 2 foi cortada em 2007, devido a compra da Pixar no ano de 2006, pois John Lasseter exigiu que cancelasse todas os filmes que não estavam relacionados a linha comercial da Disney. Devido a isso, Pinóquio 2 foi cancelado, junto de outros projetos de continuação para os clássicos Aristogatas (1970), Mulan (1998) e O Galinho Chicken Little (2005).


Diferenças entre o filme e o livro

Pinóquio sofreu uma adaptação bem radical do livro de Collodi. O romance original é mais rico e possui uma grande variedade de personagens. 
Algumas diferenças:

- Gepeto era um carpinteiro pobre e que sua casa era composta por apenas uma sala, iluminada por uma claraboia.
Gepeto tinha como característica marcante, uma peruca loira, o qual é devido a ela que ele recebe o apelido de Polentinha (uma referência a polenta, um prato típico da Itália).
Na versão Disney, Gepeto parece não ser pobre, e parece mais um relojoeiro do que um pobre carpinteiro e não tem apelido de Polentinha e não possui nenhuma peruca loira.

- Nenhuma fada deu vida ao Pinóquio, ele era um pedaço de madeira de pinheiro vivo, antes de virar uma marionete, achado por Mestre Cereja, que deu a Gepeto o pedaço, mesmo que o pedaço causasse confusão entre os dois.
Mestre Cereja com Pinóquio como um tronco falante
- Pinóquio era um menino mal-criado, mimado e encrenqueiro e tem sentimento de culpa e que teve altos e baixos para conseguir realizar o seu sonho de menino de verdade.
Já na versão Disney, Pinóquio até tem o seu sonho de virar um menino de verdade, mas sua personalidade foi completamente alterada como um menino ingênuo e fofo, ao invés de parecer uma criança birrenta. 

- O Grilo Falante não é um personagem principal. Até então Pinóquio o "mata" atirando um martelo de madeira, mas que ele volta no último capítulo. 

- Stromboli no livro original, é chamado de Come-Fogo (Mangiafuoco, em italiano). Stromboli é um renome que a Disney deu ao personagem, em homenagem ao vulcão italiano Estrômboli, localizado na Sicília.
Come-Fogo não era um vilão, como retratado no filme da Disney, ele até então deixa Pinóquio ir embora, e deu até moedas ao boneco de madeira que fez amizade com as marionetes de Come-Fogo, Arlequim e Polichinelo, que foram deletados do filme, e sempre que ele sentia pena ele espirrava constantemente. 

- Fada Azul não tinha um vestido azul, mas seu cabelo era cor de turquesa. A Fada de Cabelo Turquesa, a princípio pareceu ser uma bela menina e que queria que Pinóquio fosse seu irmão. Mais tarde, aparece como uma mulher bonita e que cuida de Pinóquio como se fosse sua mãe. Ela aparece pela primeira vez no final do capítulo 7, e no filme, assim como no livro, ela que transforma Pinóquio em um menino de verdade no último capítulo. 


- Embora que no filme, Pinóquio nunca fosse a escola, no livro, o boneco de madeira chegou a ir à escola, mas depois deixou de ir, devido a um chute que ele deu a um menino que teve uma tentativa de fazer bullying com ele, e que foi preso. Isso só foi no capítulo 9, quando a Fada de Cabelo Turquesa pediu para que ele sempre a obedecesse.


- Um Atum falante que ajudou Pinóquio e Gepeto a escaparem da "baleia" (na verdade, um tubarão) curiosamente foi deletado do filme.

O Atum até aparece no filme, mas não aparece como um personagem.

- Pinóquio foi transformado por completo em burro e foi levado a um circo. Pavio (Espoleto) foi vendido a uma fazenda e que ele reaparece no final, mas morre com uma doença. No filme, depois de virar burro, não se sabe o que aconteceu com ele depois. 
  
Curiosidades
- É o primeiro filme mais caro da Disney, o segundo filme mais caro é A Bela Adormecida (1958).

- Pinóquio é o primeiro filme a utilizar uma maquete para a animação do filme e utilizar uma marionete de verdade como modelo de animação para o personagem título.

- Em I've Got No Strings on Me, haveriam mais duas marionetes representando chinesas e africanos, mas foram deletadas da versão final, provavelmente por questões racistas.



- No início do filme, aparece uma biblioteca com o livro de Pinóquio. Atrás do livro, podem ser vistos livros escritos Alice no País das Maravilhas e Peter Pan. As produções de Peter Pan e Alice no País das Maravilhas haviam começado em 1940, mas foram engavetados em seguida, devido a Segunda Grande Guerra, e só foram realizados nos anos 50. Alice no País das Maravilhas foi lançado em 1951 e Peter Pan foi concluído em 1952 e foi lançado em 1953.

- A localidade da narrativa de Pinóquio na adaptação da Disney havia sido questionado pela Internet.
Boatos indicavam que o conto se passaria na Alemanha ou na região de Tirol do Sul. Isso porque era pelo fato de Pinóquio usar um lederhosen (um macacão), que é um traje típico reconhecidamente pelos povos germânicos como Alemanha e Áustria.
 Oficialmente, o longa se passa em Toscana, já que o livro se passa originalmente na região.
Influências germânicas nesta região se dão desde a conquista lombarda até a Unificação Italiana em 1870 e a perda do domínio austríaco desde 1866, considerando que as primeiras publicações originais de As Aventuras de Pinóquio se deram em 1881, uma década e um ano após a unificação. 

- Os atuns que aparecem sendo engolidas pela Monstro são uma referência ao Atum, uma personagem que foi deletada do filme original. (Ler as diferenças entre o filme e o livro)

- Algumas cenas deletadas do filme, mostradas em storyboards, mostra que Gepeto conta a história de seu "avô" que era uma árvore antropomórfica, foi deletado, pois não iria fazer sentido nenhum a história pois foi a Fada Azul quem deu vida a Pinóquio.

- Outra cena cortada (na verdade não-usada) era que uma cena de Gepeto dentro de Monstro, seria uma cena cômica, onde mostra o carpinteiro sendo iludido pela fome comendo corda pensando que era linguiça e as tentativas frustradas de Figaro de devorar Cleo.
As cenas de Figaro tentando pescar Cleo, mais tarde foram utilizadas para o curta-metragem Figaro e Cleo (1943), estrelados pelos dois personagens do filme original.
Caso compararem as animações vejam os dois vídeos um sobre a cena cortada e o curta de 1943 (em inglês).



- Uma cena deletada do longa mostra o Cocheiro descobrindo a fuga de Pinóquio e Grilo Falante e os persegue com um bacamarte e tenta atirar no boneco, mas conseguem escapar a tempo.
Outra cena era que a Ilha dos Prazeres foi destruída com um incêndio. 
As cenas foram cortadas, provavelmente por serem sombrias.
Estas cenas mais tarde foram aproveitadas em Bambi (1942).

- O personagem do Cocheiro foi comparado com o personagem Mefistóteles pelos críticos.

- Em um dos esboços originais de Pinóquio, é revelado que o Cocheiro usa uma máscara.

- Espoleto originalmente iria fugir da Ilha dos Prazeres junto com Pinóquio e o Grilo Falante.

- É o primeiro filme dirigido por Hamilton Luske. Os filmes que Luske dirigiu depois de Pinóquio, foram Fantasia (1940), O Dragão Relutante (1941), Alô, Amigos (1942), Música, Maestro (1946), Como é Bom se Divertir (1947), Tempo de Melodia (1948), Tão Perto do Coração (1948), Cinderela (1949), Alice no País das Maravilhas (1951), Peter Pan (1952), Ben e Eu (1953), A Dama e o Vagabundo (1955), o curta Donald no País da Matemágica (1959), 101 Dálmatas (1961) e as cenas animadas de Mary Poppins (1964).

- É o segundo filme dirigido por Wilfred Jackson, sendo primeiro Branca de Neve e os Sete Anões. Os longas que Jackson dirigiu depois de Pinóquio foram Fantasia, Dumbo (1941), Alô, Amigos (1942), A Canção do Sul (1946), Tempo de Melodia, Cinderela, Alice no País das Maravilhas, Peter Pan e A Dama e o Vagabundo

Apesar de ser um dos mais aclamados de todos os longas de animação da Disney e ser considerado um dos melhores filmes de animação de todos os tempos, Pinóquio nunca foi tão bem sucedido comercialmente, talvez como resultado de sua atmosfera sombria e várias sequências intensas e assustadoras. Em seu primeiro lançamento, a Disney só recuperou cerca de metade do seu orçamento de US$2,6 milhões em 1950.

- Apesar de Branca de Neve e os Sete Anões ser considerado geralmente como a contribuição mais significativa da Disney, Pinóquio é considerado a maior realização e representante dos estúdios da Disney, a ponto da canção When You Wish upon a Star ser a música-tema e o "hino" do estúdio.

Conclusão
Pinóquio sem dúvida é o filme que marcou a infância de muitos tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. Não há ninguém no Brasil que não deva ter visto Pinóquio da Disney.
 Pinóquio é também um dos filmes mais conhecidos e mais respeitados e honrados da Disney.
É uma pena que ninguém faz clássicos assim como Pinóquio na Disney. 

terça-feira, 9 de setembro de 2014

A Bela e a Fera, um grande clássico da Disney

 1991 foi realmente um sucesso tanto para filmes e jogos também. Hoje vou falar sobre um dos sucessos de 1991: A Bela e a Fera, o primeiro filme Disney a receber 2 Orcar's!

 Lançado em novembro de 1991, A Bela e a Fera é o trigésimo filme Disney na cânone dos "clássicos". 
 O longa foi baseado vagamente no conto de fadas La Belle et la Bête, da versão de Madame Jeannie-Marie Le Prince de Beaumont.    
 A história trata-se de Bela, uma bela moça presa ao mundo dos livros, conhece Fera, um príncipe arrogante que foi transformado numa criatura horrenda, e tudo isso realmente complica é quando Gaston, um rapaz bonito e arrogante que pretende se casar com Bela.


Produção de A Bela e a Fera
   A história começa nas décadas de 30 a 50, Walt Disney queria adaptar a história, mas como não conseguia fazer o filme de modo adequado, a ideia fora cancelada. Até que nos primeiros anos da década de 1980, a equipe decidiu fazer uma "terceira alternativa".
  A produção do filme foi quando Jeffrey Katzenberg (presidente da Disney na época), convida Richard Williams, o diretor de animação de Uma Cilada para Roger Rabbit (Who Framed Roger Rabbit, 1988) para dirigir o filme. Williams não aceitou o convite, pois estava trabalhando em O Ladrão e o Sapateiro (The Thief and the Coble, 1993), e então recomenda o diretor inglês Richard Purdum. 
O produtor Don Hahn, o ilustrador Mel Shaw e os animadores Glen Keane e Andreas Deja se mudaram para Londres para trabalhar com Purdum em uma produção mais séria e não-musical. Ao ver os rolos dos storyboards iniciais, Katzenberg ordenou que o filme voltasse a ser produzido tudo de novo e mandou a equipe para o Vale do Loire (França) para se inspirarem. Depois do recomeço da produções, alguns meses depois, Purdum se demitiu. O estúdio então abordou os diretores de A Pequena Sereia, Ron Clements e John Musker, mas rejeitaram a abordagem, pois estavam cansados após o projeto do filme e estavam concentrados mais em Aladdin, lançado um ano depois. 
 Então Kirk Wise e Gary Trousdale, que dirigiram um curta para a Disney World, assumiram o papel de diretores do longa.
 A reformulação de A Bela e a Fera envolve Katzenberg chamar os compositores Alan Menken e Howard Ashman para tornar o filme musical no estilo Broadway, do mesmo que fizeram com A Pequena Sereia. Ashman relutantemente aceitou, tendo descoberto que estava com AIDS. Para acomodar a saúde debilitada de Ashman, a produção se transferiu de Londres, para Nova York, perto da casa de Ashman. Na cidade, Menken, Ashman, Wise, Trousdale, Hahn e a roteirista Linda Woolverton reiniciaram o roteiro do longa. Depois disso, foram a Califórnia, os artistas desenharam e fizeram as artes conceituais do longa.
A Bela e a Fera marca como o primeiro filme da Disney que foi escrito por uma mulher sozinha, o longo que seria o segundo seria Frozen.

Sinopse 
  A história é sobre a jovem Bela, moça inteligente e presa ao mundo dos livros. Na vila onde Bela vive, por ser muito inteligente e diferente, todos da vila a acham estranha. Gaston, um rapaz arrogante pretende se casar com Bela, por achar ser "a melhor de todas", mas Bela o acha arrogante. Seu pai Maurice, vai a cidade expor sua invenção (um cortador de lenhas), mas se perde numa floresta e que o único que poderia se abrigar era um castelo que se abriga por lá, sem saber que era de um príncipe arrogante que como castigo, fora transformado em uma criatura horrenda por uma feiticeira que viu que não tinha amor e deu-lhe uma rosa e um espelho que serve para ver o mundo exterior. O príncipe fora transformado na Fera há dez anos atrás. Quando a Fera descobriu que Maurice estava no seu castelo o prende. Enquanto isso, Gaston tenta se casar com Bela que consegue tirá-lo de lá e se esconde dele. Philip, o cavalo de Maurice leva Bela ao castelo da Fera e se sacrifica em ficar no lugar de seu pai.                


Esboços de Personagens

Bela









Fera 




Gaston








Elenco
Elenco Original

 Paige O'Hara fez a voz da heroína. Durante a audição de Paige, uma mecha de seu cabelo voou para sua face e ela o tirou de lá. Os animadores gostaram tanto disso e colocaram em diversas cenas do filme.

Robby Benson - Fera

Richard White - Gaston

David Ogen Stiers - Deu a voz a Horloge e também ao narrador do prólogo.

 Angela Lansbury quem deu a voz para Madame Samovar. Curioso é que Angela já trabalhara antes na Disney, no filme live-action e animação Se Minha Cama Voasse, de 1971. Angela achou que outro personagem do filme cantaria a canção Beauty and the Beast. O diretor pediu que ela fizesse uma única gravação a caráter deste teste, e foi esta gravação a incluída no longa. 
Cena de Se Minha Cama Voasse

 Bradley Pierce que deu a voz para o Zip. Bradley depois de participar do longa, ele deu a voz para o Linguado na série da Pequena Sereia, em 1992.
Bradley dublou também o Tails na série Sonic The Hedgehog (conhecido popularmente como Sonic SatAM), de 1993.

Dublagem

Rex Everhart - Maurice

Jesse Corti - Lefou

 Ju Cassou - Bela


 Garcia Jr. - Fera e Gaston (diálogos) (Fez a voz do  Príncipe Eric, da Pequena Sereia)

 Maurício Luz - Gaston (canções)

 Ivon Cury - Lumière

 Isaac Scheneider - Horloge

 Miriam Pecchi - Madame Samovar

 Priscila Ribeiro - Zip

 Pietro Mário - Maurice

 Marco Ribeiro - LeFou (diálogos)
 Pedro Lopes - LeFou (canções)


Diferenças entre o filme e o conto

- Bela não era filha única. Bela no conto original, tinha muitos irmãos e duas irmãs.

     - O pai de Bela era um comerciante, ao contrário da versão da Disney que era um inventor. Na versão inicial de A Bela e a Fera, seria um comerciante assim como o conto original.

- A rosa mágica não existe no conto original. Eram na verdade rosas normais no jardim da Fera.

- Gaston não existe na história original. As "vilãs" da história são as irmãs de Bela, que tinham uma inveja intensa da protagonista e no final elas foram transformadas em estátuas para testemunharem o ocorrido.

- O pai de Bela chegou passar a noite no castelo da Fera. Ele só descobriu a Fera quando foi colher uma das rosas do jardim do príncipe enfeitiçado.

- A Fera não foi atingida por ninguém. A Fera morreu por sentir muita saudade de Bela.

- Fera deu a Bela um anel mágico que levava para o lugar que desejar sempre que dormir, diferente do filme que deu um espelho mágico que pode ver tudo.

- O nome verdadeiro de Bela é desconhecido, pois Bela é um apelido que seu pai a deu. Já que a personagem não tem nome, a Disney a nomeou de Belle (beleza em francês e nome original da personagem na mesma língua).

 Curiosidades

  - Sherri Stoner quem fez o design de Bela, assim como fez o design de Ariel. 

 - A canção Be Our Guest foi originalmente usada para Maurice (e não Bela), como convidado. A ideia chegou a ser animada, mas foi substituído por Bela, pois não quiseram desperdiçar uma música tão bonita para um personagem secundário.
O vídeo que mostra a cena alternativa pode ser vista aqui:

 - Zip só teria uma fala no filme, porém gostaram tanto da voz de Bradley Pierce, que resolveram por mais participação a ele.

 - O personagem "fofo" do filme era uma caixinha de música (versão musical do anão Dunga de Branca de Neve e os Sete Anões (1937)). O papel todo de Zip era preenchido por ela. Com a ideia de por mais participação ao Zip, a caixinha foi descartada. Mas a caixinha faz uma pequena aparição, na cena em que os aldeões invadem o castelo da Fera, ao lado de Lumière.  
File:Scan0001.jpg
          
File:Music Box.png

Arquivo: Scan0002.jpg
Fontes: Disney Wiki

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Modelos de expressão da Caixinha.
Fonte: Disney Wiki

- A Bela e a Fera foi o primeiro filme Disney a ganhar a Annie Award de melhor animação.


- Brian McEntee, diretor de arte do filme, coloriu Bela para ser a única que anda de azul na vila. Isso é para ressaltar o quanto ela é diferente dos outros habitantes da vila. Mais tarde, Fera passa a vestir de azul.

 - A canção "Human Again" fora retirada do início da produção. Mas durante os relançamentos do filme no cinema e em DVD, fora reanimada e colocada, expandindo o filme.

- Zip é o único que chama Bela pelo nome, pois a maioria dos personagens a chamam de Garota, Mademoiselle, Jovem ou Querida.

- Apesar da capa da Fera ser roxa em vários produtos Disney, na série Kingdom Hearts ou em livros e HQ's da Disney; a capa de Fera em muitas cenas do filme original, é vermelha. A capa roxa também aparece no filme, mas apenas nas cenas da música Something There, de resto a capa é mostrada vermelha. Veja as imagens a seguir para entender melhor. 
 File:Normal beautyandthebeast 1943.jpg  

File:That Hurt!.jpg

- O nome verdadeiro da Fera não foi mencionado em nenhuma cena do filme e nem mesmo nas "continuações", mas num jogo da Sega baseado no longa revela que o Príncipe se chama Adam.

- O personagem de Gaston possui semelhanças ao personagem Avenant, de uma adaptação francesa de 1946, pelo fato de ambos serem apaixonados por Bela e quererem matar a Fera, pela atenção.
Porém a diferença entre os personagens é que Gaston não confessa que está apaixonado por Bela, o que levou à sua morte.
Um personagem chamado Avenant estaria planejado para aparecer em certa tentativa de continuação para o longa de 1991, onde seria o irmão mais novo de Gaston e queria se vingar de seu irmão. A ideia porém, foi descartada, em favor de O Natal Encantado de A Bela e a Fera (1997).

- Ao contrário do que muitos pensam (inclusive eu, rsrsrs), o personagem de Gaston, em si, não foi baseado em Avenant. Segundo Linda Woolverton, responsável pelo roteiro do filme, disse que não foi baseado em Avenant, e diz ter recusado assistir a versão de 1946, especificamente porque não queria usar o filme como fonte material para o filme da Disney.
Linda disse ainda que Gaston foi baseado em seus ex-namorados.

 - O nome de Horloge, na França é chamado de Bing Ben, que é uma referência a torre relógio de Londres. Outra curiosidade, é que a Inglaterra foi considerada para a inspiração do ambiente do filme e que também o personagem é inglês, junto com Madame Samovar.

- Gaston fala que o livro que Bela está lendo não tem gravuras. Mas durante a música Little Town (ou Belle), aparece uma cena em que mostra uma gravura no livro (que é ela mesma). 



- No começo a Fera era muito animalesco. Que aí com o decorrer do longa, foi se tornando menos animalesco. Assim como Gaston, que é justamente ao contrário.


Originalmente, a Fera seria atingida por Gaston duas vezes: Uma na perna e outra nas costas. Isto seria seguido por uma cena em que Gaston se arrasta pela torre, rindo como um maníaco enquanto caía no chão. A equipe mudou a sequência para diminuir o impacto dramático que seria muito grande para as crianças, mas o suicídio de Gaston é uma boa explicação para ter escolhido uma posição tão perigosa para matar a Fera mesmo sabendo que jamais se casaria com Bela.

- Em outra cena cortada mostra um final alternativo, em que Gaston fere a Fera, e tenta matá-la com seu bacamarte, mas sua tentativa falha quando Bela atira uma pedra nele, o que faz ele cair de um penhasco e quebrar as pernas, e em seguida, ser devorado pelos lobos que perseguiam Maurice e Bela.
Esta cena foi cortada, mas foi reaproveitada em O Rei Leão (1994), quando morre devorado pelas hienas.

-  A Bela e a Fera teve mais duas personagens foram deletadas. Clarice seria a irmã mais nova de Bela, e que teria um gatinho de estimação chamado Charley. Marguerite seria a tia esnobe de Bela e irmã de Maurice. Elas só aparecem na versão inicial do filme. 
Esboço de Clarice com Charley
Fonte: Jim Hill Media

Marguerite
Fonte: Disney Wiki

-  A Bela e a Fera foi um estrondoso sucesso em 1991. Teve uma modesta abertura de $9.6 milhões com o terceiro lugar no ranking, mas foi favorecido pelos comentários a seu respeito e manteve-se neste patamar de bilheteria por mais de um mês. Finalizou sua trajetória de sucesso com mais de $145.0 milhões de bilheteria, tornando-se a animação de maior sucesso ate então e o filme com a terceira maior bilheteria do ano. Também foi um sucesso fora dos EUA, rendendo um total mundial de $377.4 milhões de dolares. Quando as coisas não poderiam estar melhores para o animado, ele venceu 3 Globos de Ouro (Melhor trilha sonora, melhor canção original – Beauty and the Beast e melhor filme – Musical ou Comédia) e foi indicado a 6 Oscars (Melhor filme,  melhor trilha sonora, melhor canção original – Be Our Guest, melhor canção original – Belle, melhor canção original – Beauty and the Beast e melhor som). Venceu os prêmios de canção original (Beauty and the Beast) e trilha sonora.

Conclusão

A Bela e a Fera, sem dúvida é um grande clássico. É considerado um dos melhores filmes já feitos pela Disney, ao lado de O Rei LeãoFrozen e Tarzan.